Da Redação
MANAUS – Gilberto Vasconcelos (PSTU), candidato a prefeito de Manaus, afirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira, 8, que a exclusão dele dos debates e da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão mostra que o processo de escolha de representantes no Brasil é antidemocrático e “voltado para que os mesmos grupos e figuras de mantenham no poder”.
“É um absurdo que sejamos cerceados dessa forma. As candidaturas milionárias terão bastante tempo para dizer e prometer o que quiserem como sempre fazem em todas as eleições. Vimos como foi o último debate: não houve nenhuma proposta séria para o terrível momento que vivemos, para resolver os problemas da cidade e da população”, disse Vasconcelos.
Em todo o país, ao menos dez partidos políticos irão ficar de fora da partilha do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão nas eleições municipais deste ano. A exclusão ocorre por causa da reforma política de 2017, em que uma emenda constitucional estabeleceu uma cláusula de barreira para o acesso a recursos do fundo partidário e também para o tempo da propaganda eleitoral.
A resolução diz que terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na TV “os partidos que obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas”.
Leia também: Emissora alega regras da Globo e gera impasse sobre envio de propaganda eleitoral em Manaus
A propaganda eleitoral começa nesta sexta-feira, 9, e vai até 12 de novembro, dois dias antes do primeiro turno das eleições. Na disputa para prefeito de Manaus, seis coligações e três partidos têm direito ao horário de TV e Rádio. Apenas os candidatos Gilberto Vasconcelos (PSTU) e Chico Preto (DC) foram excluídos por conta da cláusula de barreira.
Leia a nota na íntegra:
Por Gilberto Vasconcelos
Aqui em Manaus fui excluído dos debates e da propaganda gratuita de televisão e rádio, assim como, várias outra candidaturas do PSTU, em todo o país. Novamente esse processo nos mostra o quão antidemocrático é, e o quanto é voltado para que os mesmos grupos e figuras se mantenham no poder.
É um absurdo que sejamos cerceados dessa forma!
As candidaturas milionárias terão bastante tempo para dizer e prometer o que quiserem como sempre fazem em todas as eleições.
Vimos como foi o último debate: não houve nenhuma proposta séria para o terrível momento que vivemos, para resolver os problemas da cidade e da população.
Para os candidatos que estiveram no debate parece que não existe uma crise mundial sem precedentes, uma pandemia que já ceifou mais de 1 milhão de vidas, enfim, uma crise econômica, social, política e sanitária que assola o nosso país, o Estado e a nossa cidade.
O PSTU diz claramente que sem uma revolução social nada vai mudar.
Nós trabalhadores precisamos tomar as rédeas das nossas vidas em nossas mãos, precisamos estar organizados em Conselhos Populares para que de fato possamos superar esse sistema de opressão e exploração. E é isso que os governos e empresários não querem que a nossa classe escute e se interesse. Para a burguesia e seus agentes a miséria que vivemos precisa ser mantida para que seus lucros e negócios continuem gerando um imenso mar de dinheiro, enquanto, por outro lado, um mar de pessoas ainda maior vive sem as mínimas condições de existência.