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Enock Nascimento

Canarinho Galeroso

28 de junho de 2018 Enock Nascimento
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Canarinho Pistola e o sucesso do personagem do Brasil na Copa (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Canarinho Pistola e o sucesso do personagem do Brasil na Copa (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Se fosse batizado no Amazonas, receberia o nome de “Canarinho Ficou Bala”; “Canarinho Galeroso” ou, ainda, “Canarinho Invocado”.

A denominação, entretanto, que se consolidou para a mascote que representa a Seleção Brasileira foi “Canarinho Pistola”.  A representação do pássaro-símbolo com o semblante bravo e irritado está fazendo tanto sucesso que ele até foi proibido pela Fifa de participar de eventos oficiais na Rússia. Tudo para não ofuscar a mascote oficial da Copa de 2018, o lobo siberiano Zabivaka.

Com a interdição, o Canarinho se limitou a ações públicas como demonstrações de habilidades com a bola e interações com crianças e adultos. Ainda assim, na segunda-feira (25), na chegada da Seleção a Moscou (local onde o Brasil venceu a Sérvia), a figura tupiniquim teve problemas com autoridades de segurança da pátria do Putin. “Não podia ser um melhor símbolo brasileiro. O Canarinho Pistola foi preso e fichado na polícia”, foi um dos comentários feitos por internautas à notícia. Outros muitos também demonstraram apoio e fizeram brincadeiras com a situação da ave iracunda.



Na verdade, a mascote foi detida por seguranças do hotel onde a delegação brasileira se hospedou, quando regia um grupo de torcedores concentrados em frente ao prédio, que batucavam e cantavam músicas de apoio ao Brasil e de provocação aos argentinos. A liberação ocorreu logo depois, devido à intervenção de dirigentes da CBF.

Há algum tempo, ter cara de mau e “problemas com a polícia” afetavam a aceitação de qualquer personagem. Nas redes sociais, todavia, Canarinho é um fenômeno. Há vários memes protagonizados pela ave zangada e perfis inspirados no carrancudo, com designações como “Canarinho Bolado” ou “Canarinho Putaço”. Alguns, com milhares de seguidores e de curtidas.

Seria o motivo de sua popularidade a sua atuação como talismã do escrete nacional? Foram seguidas as vitórias conquistadas desde que estreou oficialmente, como mascote de campo, em outubro de 2016, em Natal, no confronto contra a Bolívia pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa. Aquele foi o terceiro jogo sob o comando do técnico Tite, que havia pegado o Brasil em sexto lugar, colocação que deixava a Seleção fora do Mundial.

A criação da mascote indócil lembra famosa reflexão de Ulysses Guimarães: “Em política, até raiva é combinada”. O diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, relatou que a caracterização sisuda e taciturna da personagem começou a ser idealizada em decorrência da derrota de 7 a 1 para a Alemanha. “Reparamos que, para essa atual geração, não podia ser mascote bonzinho e bobinho”, contou Ratto. “A ideia era que ele tivesse uma fisionomia enfezada, como é o nosso torcedor, que não gosta de perder”, complementou o assessor de comunicação Fernando Torres.

Antes do “Pistola”, o Brasil era uma exceção entre as mascotes de seleções de futebol. Normalmente, os dos outros são animais ferozes e predadores já o símbolo brasileiro, um pássaro canoro. O apelido foi dado, em 1954, pelo radialista Geraldo José de Almeida e fazia a relação entre a cor da camisa brasileira com a plumagem do canarinho (Serinus canaria). A origem da ave é a Ilha Canária, que em latim significa “dos cães”, isso porque os romanos encontraram muitos cães selvagens.

E falando em selvageria, a CBF só percebeu realmente que a principal razão do sucesso do Canarinho era o rosto colérico e irritado quando tentou emplacar uma versão “sorridente e fofa” da mascote, mas que foi extremamente rejeitada. “O feedback foi instantâneo. Todos queriam a fisionomia sisuda de volta. Nunca mais usamos o personagem fofinho “, relembra Fernando Torres.

Curioso é que nem sempre a raiva teve esse acolhimento e receptividade coletiva. Era um dos terríveis pecados capitais e geravam críticas como “Raiva não é um sentimento. É uma fraqueza”. Para Winston Churchill:  “Um homem é tão grande quanto as coisas que o deixam com raiva”.

Hoje em dia, sem qualquer constrangimento são ditas frases como “tenho o pavio curto”, “não levo desaforo para casa”, evidenciando que a manifestação da raiva não é apenas tolerada, parece até admirada. Por ser uma forma fácil de chamar atenção, a raiva virou uma forma de demarcar espaço. Apesar de não ser possível se diferenciar quando todos gritam e estão zangados, todos ainda tentam evidenciar individualidade sendo “Pistola”.

Aliás, a CBF prefere que o personagem seja conhecido Canarinho Enfezado e não, Canarinho Pistola. Na gíria, pistola significa “enraivecido”, “nervoso”.  Provavelmente, o desejo de evitar o uso da palavra “pistola” não deve ser por conta de algum interesse desarmamentista.

É que “pistola” remete a outra gíria: “pistolão”. Os significados são “pessoa influente”; “pedido, intervenção ou recomendação de alguém poderoso”. Assim, a CBF não quer que a gente lembre que se alguém está ocupando um cargo que não devia é porque teve atuação de um “pistolão”.  O problema é que não adianta a entidade tentar se afastar do sentido de pistolão, pois etimólogos garantem que “enfezado” significa “cheio de fezes”.

Não é à toa, portanto, que Canarinho Pistola tenha causado tanta identificação no País com tantos motivos para se ter raiva. Pelo menos na Copa, que esses motivos fiquem fora de campo. Que a Seleção entenda o alerta feito por Benjamin Franklin: “Tudo o que começa com raiva, acaba em vergonha”.

Para, no final, o torcedor conseguir desfrutar emoções mais positivas. Afinal, como disse o escritor britânico W. Somerset Maugham: “A cada minuto que passamos com raiva, perdemos sessenta felizes segundos”.

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Assuntos cbf, copa do mundo, enock nascimento, Fifa, Rússia 2018, Seleção Brasileira
Cleber Oliveira 28 de junho de 2018
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