MANAUS – Nunca fui filiada ao partido e contrário do que você pensa, nunca me filiei a nenhum partido de esquerda. O que isso quer dizer? Nada. É sobre o antipetismo que eu quero escrever.
Lembro bem que nas manifestações de 2013 eu fui às ruas, na época filiada ao PSDB não queria que Dilma se reelegesse, agi dentro da democracia e não me arrependo. Fui contra o impeachment por entender que aquilo era golpe antidemocrático.
Depois disso abri dois documentos criticando de forma direta o PT. Bem na época onde o foco era oficializar Lula como candidato, protocolei o pedido para que houvesse uma autoavaliação dentro do partido a começar pelo Amazonas.
Sou frente contra a corrupção há anos.
Hoje o que acontece é um atentado contra a nossa democracia que já é frágil. Não quero e não vou ver o Brasil retroceder 50 anos em sua história e permanecer calada.
Apoio a democracia por coerência, porque quero continuar criticando o PT e todos os outros partidos corruptos no Brasil. Preciso de liberdade para isso, preciso ter voz.
Sensatez em época de guerra, é preciso. Eu lutarei até o fim sem precisar ser petista para isso!
Minha filha, não é questão de ser petista ou não. A questão é defender este partido que já mais do que se provou, infelizmente, gostem ou não, um partido voltado para a prática da corrupção visando a interesses próprios e não a interesses para uma sociedade brasileiro melhor. Simples assim.
E outra: se a senhorita entende “impeachment” como sendo um “golpe antidemocrático”, procure ler atentamente a Lei Federal Nº 1.079, de 10 de abril de 1950 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1079.htm).
Se há previsão legal, não há que se falar em golpe. A senhora Dilma Vana Rousseff passou por todos os procedimentos previstos na referida lei, teve todas as oportunidades para defesa e contraditório. A senhoria leu o processo todo? Duvido. Não há que se falar em golpe vez que a lei foi seguida. Até hoje seu pedido de anulação do processo no STF não foram apreciados (https://br.sputniknews.com/brasil/2018041711015262-sociedade-governo-politica-economia-eleicoes-democracia/) (http://www.jornalgrandebahia.com.br/2018/04/anulacao-do-impeachment-de-dilma-rousseff-e-questionado-por-comites-no-stf/) e, se o forem um dia, é praticamente certo que serão negados. Conspiração contra a pessoa dela? Aí já é exagero demais. Ela não é nem nunca foi uma “figura excepcional” a ponto disso.
Por fim, pergunto-lhe: que atentado à democracia é este a que se a senhorita se refere? Poderia ser mais específica?