Da Redação
MANAUS – Caiu de 22 para 12 o número de bairros em Manaus na classificação de ‘alta vulnerabilidade’ para transmissão de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, e febre Chikungunya. A redução consta no 1º Diagnóstico de Infestação do Aedes aegypti de 2020, da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde), que envolveu 63 bairros da cidade.
Mesmo com a saída de dez bairros da situação de maior risco, o número de casos confirmados de dengue aumentou de 50 para 84 no primeiro bimestre do ano, o que representa 68% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado. “Também precisamos considerar que vários estados vêm apresentando epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes, o que nos preocupa e nos leva a ampliar medidas preventivas”, disse o secretário municipal de Saúde Marcelo Magaldi.
Os bairros que estão em alta vulnerabilidade são Petrópolis, Flores e Japiim, na zona Sul; São Jorge, Santo Agostinho e Lírio do Vale, na zona Oeste; Novo Aleixo e Cidade Nova, na zona Norte; e Tancredo Neves, São José, Jorge Teixeira e Coroado, na zona Leste. Segundo o diagnóstico, 38 bairros estão na faixa de média vulnerabilidade, e 13 na de baixo risco de transmissão.
Segundo a Semsa, neste primeiro levantamento do ano foram visitados 29.024 imóveis em todos os bairros de Manaus, envolvendo 288 profissionais da Semsa. Os técnicos do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) realizaram visitas domiciliares para identificar e coletar as larvas do mosquito, bem como eliminar e/ou tratar os potenciais criadouros do mosquito.
Em comparação com os resultados do mesmo período de 2019, este ano o percentual de imóveis com focos de mosquito no município apresentou Índice de Infestação Predial de 2%, o que mantém Manaus em médio risco para as doenças transmitidas pelo Aedes (médio risco compreende valores entre 1,0 e 3,9). No 1º Diagnóstico de Infestação realizado no mesmo período do ano anterior, o resultado do Índice de Infestação foi de 2,2%.
O percentual de depósitos com focos de mosquitos apresentou o Índice de Breteau, que define a quantidade de insetos em desenvolvimento encontrados nas habitações, de 2,6%. No primeiro diagnóstico realizado em fevereiro de 2019, o resultado do IB foi de 2,7%. Os depósitos que mais contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti em Manaus, segundo dados do diagnóstico, são os recipientes do tipo A2, de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões e barril, representando 32,5%.
Ainda segundo o levantamento, depósitos como lixo, recipientes, garrafas, latas, ferro velho, conhecidos com D2, apresentaram resultado de 29,1%, confirmando que a somatória de esforços e o envolvimento de outras secretarias municipais para o combate a esse mosquito é essencial para sua prevenção e controle. No 1º Diagnóstico de Infestação realizado em fevereiro de 2019, esse tipo de depósito obteve um resultado de 34,4%.