MANAUS – As bravatas de políticos do município de Manaus e do Estado do Amazonas só servem para enganar os ingênuos. Vimos no início da pandemia um movimento de vereadores e deputados estaduais apressados em provar leis para evitar o aumento de preços e até sustar o pagamento de dívidas durante a pandemia do novo coronavírus.
Na prática, nenhuma dessas leis beneficiou, de fato, o consumidor, que assiste pasmo o aumento de preços em todas as áreas, dos serviços aos produtores mais elementares.
O ATUAL foi o primeiro veículo de comunicação a expor o aumento de preços no material de construção, no mês passado, principalmente tijolo e cimento. Os Procons estadual e municipal fizeram um oba-oba, mas de fato nada mudou e, na semana passada, a própria Votorantim distribuiu um documento aos seus revendedores anunciando um novo aumento no preço do cimento no Amazonas e Roraima.
Mas não foi só a construção civil que viu os preços dispararem. Nas prateleiras dos supermercados o consumidor atento percebe os reajustes nos produtos da cesta básica. O arroz, por exemplo, item essencial na mesa dos brasileiros, teve um aumento que superou os 30% em algumas marcas.
O leite em pó também sofreu reajuste. As novas marcas que apareceram no mercado local com preços mais generosos para ganhar o consumidor assumiram nos últimos dias os preços das marcas mais tradicionais, que também tiveram os preços elevados.
Material de limpeza, hortifruti, carne bovina, carne suína, tudo está mais caro nas prateleiras dos supermercados, em um momento em que grande parte dos consumidores perdeu o emprego e está na informalidade e na incerteza.
No atual cenário de crise sanitária, a tão propalada crise econômica parece atingir apenas aquele que não dispõe de nenhum mecanismo de defesa: o consumidor.
Mas os políticos fazem de conta que estão defendendo os direitos da população.