Da Agência Senado
BRASÍLIA – O senador Marcos Rogério (DEM-RO) defendeu, no Plenário do Senado, a busca do diálogo e do entendimento entre Executivo, Legislativo e Judiciário pelas vias democráticas estabelecidas. Para ele, atritos recentes entre os Poderes geram instabilidade política e causam prejuízos à economia do Brasil.
Marcos Rogério afirmou que o Brasil possui riquezas suficientes para se destacar entre as nações mais desenvolvidas do mundo. Entretanto, disse, perde-se muito tempo com desavenças. Segundo o senador, o Brasil tem potencial para melhorar sua posição no cenário mundial, não só na economia, mas também nas áreas de educação, saúde, ciência, tecnologia, inovação e transportes.
“Apesar das fricções do momento, sigo confiante e esperançoso de que o Brasil, definitivamente, entrou em um novo tempo, tempo de reestruturação, de modernização da máquina pública, de reformas profundas, abrangentes, de abertura de janelas de oportunidades para todo o país, a partir, especialmente, de novos investimentos públicos e privados”, afirmou.
Veto
Seu colega no parlamento, Eduardo Girão (Podemos-CE), defendeu o veto presidencial ao Orçamento impositivo (VET 52/2019). Para ele, não é aceitável deixar R$ 30 bilhões sob a responsabilidade dos congressistas.
“Não é papel de parlamentar ficar gerenciando dinheiro. O parlamentar está aqui, e foi eleito pelo povo brasileiro, para fazer leis, para fiscalizar, e não para gerenciar dinheiro. Isso é transcender o papel de um parlamentar. Não tem cabimento”, afirmou o senador durante pronunciamento em Plenário.
Girão afirmou que, sem a verba a ser destinada ao orçamento impositivo, o governo federal ficará “engessado” a tal ponto que não terá “mobilidade” com os recursos limitados que terá à disposição.
O senador disse ter recebido diversos questionamentos sobre sua posição no caso do veto. Para ele, o povo brasileiro “está começando a gostar de política e a cobrar os parlamentares”.
Lava Jato
Girão também fez comentários sobre a Operação Lava Jato. Ele afirmou que a operação é “um trabalho que colocou o Brasil, pela primeira vez, no patamar de país de primeiro mundo na luta contra a impunidade”.
“O brasileiro se cansou de ser roubado, de ser lesado. A Operação Lava Jato, pela primeira vez, virou uma referência positiva do Brasil no combate à corrupção, não apenas recuperando os bilhões de reais ou de dólares desviados, mas trazendo esperança”, disse.