Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O Corpo de Bombeiros do Amazonas encerrou, neste domingo (15), as buscas pelo paraquedista Luiz Henrique Cardelli, de 33 anos, que desapareceu no Rio Negro no dia 15 de abril durante chuva com fortes rajadas de vento. O comandante-geral da corporação, Orleilso Muniz, disse que os bombeiros dedicaram todos os recursos, mas não localizaram Cardelli.
“Fizemos uma varredura detalhada em mais de 600 quilômetros quadrados. Em linha reta, nós chegamos a atingir de Manaus à jusante, ou seja, rio abaixo, uma extensão de 100 quilômetros, (…) mas nada foi localizado acerca do paraquedista desparecido. Portanto, essa ocorrência tecnicamente está encerrada”, afirmou Muniz.
Cardelli foi um dos 14 paraquedistas que saltaram na tarde do dia 15 de abril e tiveram dificuldade de realizar pouso de emergência em terra firme por conta das rajadas de vento que atingiram Manaus naquele dia. Após a ocorrência, dois deles (Cardelli, que era advogado, e Ana Carolina da Silva, de 23 anos) ficaram desaparecidos.
Na manhã do dia seguinte, com auxílio de um drone, voluntários encontraram o corpo de Ana Carolina no distrito de Cacau Pirêra, no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus). Na ocasião, o Corpo de Bombeiros informou que o corpo da vítima havia sido reconhecido por familiares.
No dia 16 de abril, a SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas) instalou um gabinete de crise, com cerca de 100 integrantes das polícias Militar e Civil, além do Exército, Marinha e Aeronáutica. “Tivemos apoio de aeronaves, tanto da aeronáutica quanto as duas aeronaves do Sistema de Segurança Pública”, afirmou Muniz.
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A família de Cardelli chegou a oferecer recompensa de R$ 10 mil para quem encontrasse o paraquedista. O objetivo era mobilizar pessoas locais que conhecem a região e que conseguem trafegar nos igapós [floresta alagada]. Posteriormente, os familiares aumentaram o pagamento para R$ 20 mil para quem localizasse Cardelli com vida.
No dia 28 de abril, a SSP-AM desativou o gabinete de crise. “Por toda aquela área de terra lá do Cacau Pirêra foram feitas buscas e nada foi localizado. Então, 15 dias após o início a operação, nós desmobilizamos o gabinete de crise, contudo, o Corpo de Bombeiros continuou, com suas equipes usando recursos e equipamentos”, disse Muniz.
De acordo com o comandante, apesar do encerramento das buscas, a corporação se mobilizará se houver novas informações sobre o paradeiro do paraquedista. “Caso haja qualquer informação, indício, pessoa, fragmento que possa indicar a presença do Luiz Henrique nós, obviamente, estaremos com as equipes de prontidão”, afirmou.
“Estamos ainda enxergando para essa ocorrência, mesmo que não estejamos diariamente dedicando equipes para fazer buscas. Repito: todos os locais que poderiam ser pesquisados foram. Onde supostamente poderia estar nós fizemos as buscas e nada foi encontrado. Mas continuamos com ela [a ocorrência] no radar”, completou Muniz.
Sentimentos a família e amigos