
Da Redação
MANAUS – O presidente Jair Bolsonaro disse que veio a reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa) e trouxe o ministro da Economia, Paulo Guedes, para “mostrar prestígio à região”. “A ZFM foi criada como uma visão estratégia do governo militar exatamente para não entregarmos essa região”, disse, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 25, ao participar de homenagens a alunos do Colégio Militar, comandado pelo Exército, na capital do Amazonas.
Sobre o ministro, que é contrário a incentivos fiscais no Amazonas, presidir o CAS e ser classificado como ‘raposa no galinheiro, Bolsonaro disse que “é natural nos debates falar certas coisas que você pode dar uma devida maquiagem, uma moldagem e lá na frente resolver o assunto”. “Alguém acha que eu ofendi o povo nordestino quando cochichei no ouvido de um deputado que citei uma pessoa do Maranhão como paraíba?”, indagou, comparando os fatos.
Bolsonaro anunciou que o governo irá disponibilizar recursos para o recapeamento asfáltico de trechos da BR-319 (Manaus-Porto Velho/RO), reivindicação antiga do Governo do Amazonas. “Apesar dos recursos, parte nós temos e vamos destinar recursos para reasfaltar essa BR aqui que tão importante para nós”, disse.
O presidente disse que a Amazônia é o futuro do Brasil. “Nós temos tudo aqui para, de forma racional, nós alavancarmos esta região para o progresso. Há biodiversidade, minerais, água potável, grande espaços, vamos investir o que pudermos”, afirmou.
Crise ambiental
Sobre os indicadores de desmatamento, que gerou uma crise institucional com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que monitora o desmatamento no país, Bolsonaro disse que os números não correspondem à realidade. “Não podemos ter órgãos do governo como temos aparelhos que tem fidelidade a ONGs internacionais. Esses dados servem para alguém na ponta da linha ficar feliz e nos prejudicar nas relações que temos com o mundo. Estamos avançando no Mercosul, com UA, Japão, oreia do sul. Isso nos atrapalha com dados que nós duvidamos que sejam verdadeiros”, afirmou.
O presidente disse que não tem medo da verdade. “Agora, dados jogados para cima para fazer onda, para fazer oba, oba, isso não está certo. Nós queremos preservar o meio ambiente, mas não vamos entrar na psicose ambiental. Nós precisamos de investir no Brasil e casar o desenvolvimento com a preservação ambiental. Por vezes menos, por vezes exagerados”, disse.
Bolsonaro citou discurso do ex-presidente Lula que classificou de mentiroso. “O Lula mesmo, na sua campanha inicialmente, você ver nos vídeos que ele falava na Europa, que o Brasil tinha 30 milhões de crianças nas ruas. Uma péssima imagem do Brasil lá fora e mentirosa. Fazem a mesma coisa no tocante a questão ambiental”, disse.
Segundo o presidente, na Amazônia quem preserva a floresta são os próprios proprietários. “Na Amazônia, 80% das áreas são preservadas e quem preserva, é o próprio proprietário, é custo zero. Tem área que o proprietário resolveu esquecê-la por um tempo, nasceu uma mata, daí ele tem direito, vai lá desmata para plantar alguma coisa, nesta área já desmatada anteriormente. O que dizem os números do Inpe, é que é um novo desmatamento. O que levantei até agora é que esses reflorestamentos não entram na conta para abater os possíveis desmatamentos. Querem fazer essa campanha mentirosa”, afirmou.