MANAUS – Em discurso na ONU, o presidente Jair Bolsonaro cuspiu fogo contra países que criticam a política ambiental de seu governo, que ainda não existe; deu uma de messias ao anunciar que excomungou comunistas do país, sem evidências de deportação sumária decretada por Sérgio Moro; e disse que as queimadas na Amazônia são só falácias. Algo parecido com o governo. O presidente negou ter sido agressivo e disse que foi ‘objetivo e contundente’. É uma forma bolsonarista de dizer que atirou para todos os lados. O discurso foi escrito por oito assessores, entre militares e civis. É muita gente para abastecer o presidente de munição verbal, como se ele precisasse. O Carlos, o 03, e o Eduardo, o 02, davam conta disso com mais objetividade. Há duas hipóteses para o impacto da metralhadora verbal: vai fazer a Alemanha e a França tremerem de medo ou tudo vai virar falácia brasilienses.