Da Redação
MANAUS – Depois de os advogados da coligação do governador Amazonino Mendes (PDT) ingressarem na Justiça Eleitoral pedindo a cassação do registro ou do diploma de Wilson Lima, candidato a governador pelo PSC, por compra de votos, e com uma notícia crime para investigar compra de votos relatada por um traficante preso pela Polícia Civil do Amazonas, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), reagiu e pediu basta do governador.
“O governador Amazonino deve entender que está na hora de sair da ribalta. Ele está atrapalhando o Amazonas. Ele é inimigo de Manaus. Ele não respeita o nosso povo. Ele não respeita as nossas tradições e pensa que ainda está na época de se fraudar eleições como ele fez comigo em 1986. Não há mais espaços para isso”.
Arthur demonstrou indignação diante da acusação da coligação do atual governador de um suposto crime eleitoral. As imagens do traficante preso vêm sendo divulgadas nas redes sociais e com base nelas e depoimentos tomados pela Polícia Civil, os advogados da coligação de Amazonino entraram com pedido de impugnação da candidatura de Wilson Lima.
Arthur diz que a estratégia de inventar que o candidato Wilson Lima, que lidera as pesquisas de intenção de votos com larga vantagem, teria estado no município de Codajás e aliciado uma pessoa para comprar votos em seu nome, é típica de uma cabeça doente. “Adoeceu pela ânsia demasiada de poder”.
E ele dá um conselho ao atual governador: “Fique, literalmente, na sua. Saia de um ambiente que não é mais seu. Abandone um poder que você não está exercendo com correção e, sobretudo, entenda que a mensagem do povo é cristalina, a de que tem que renovar”, afirmou.
“Você Amazonino, está fora! Você deve respeitar o povo. Respeite seus adversários, respeite seus aliados, que eles ainda existem, mas sobretudo perceba que não adianta, o que fizer servirá apenas para sujar, manchar ainda mais a sua imagem. A imagem de quem não sabe respeitar o Amazonas e quem não sabe se portar corretamente diante do Brasil e de quem se tornou o inimigo número um da cidade de Manaus”, ressaltou.
Arthur Virgílio Neto disse ainda esperar que todos possam ser capazes de fazer dessa eleição algo que tenha um final pacífico e correto. “Porque o povo já decidiu. O governador chama-se Wilson Lima, goste Amazonino ou não goste. O importante é termos consciência que chegou a hora do basta. Basta Amazonino, saia com decência, respeite a decisão do povo”, afirmou.
O prefeito disse, ainda, que espera que o novo governador saiba compreender e saiba dar o melhor de si e obter o melhor resultado na gestao do Estado e concluiu: “eu não torço contra o Amazonino, eu torço a favor do Amazonas”.
Os advogados da coligação “Transformação por um Novo Amazonas”, do candidato Wilson Lima, ingressaram com uma representação junto ao MPF e a PF para investigar os fatos a fim de que os verdadeiros criminosos sejam punidos. Em nota, a coligação informa que “Essa foi mais uma tentativa clara e rasteira do candidato adversário Amazonino Mendes em confundir os eleitores com mentiras, calúnias e difamações”.
Reação contrária
Na fala de Arthur, distribuída em áudio, ele diz que “essa história de inventar que o candidato Wilson Lima, que não esteve em Codajás, estava tentando comprar votos em Codajás, é típica de uma pessoa que adoeceu pela ânsia demasiada de poder”. A frase desagradou a Polícia Civil do Amazonas, responsável pela prisão de Diellisom
Weendril Alves Pinheiro, o Didi, que disse ter recebido dinheiro de Wilson Lima para comprar votos.
Depois da divulgação da fala de Arthur, a Polícia Civil do Amazonas divulgou a seguinte nota:
A cúpula da Polícia Civil do Amazonas, instituição integrante do Sistema de Segurança Pública, vem a público reiterar seu compromisso de polícia judiciária para com a sociedade amazonense e em resposta às declarações do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, no qual acusa levianamente a instituição de auxiliar a campanha do atual governador, Amazonino Mendes, a Polícia Civil esclarece:
Na sexta-feira (19/10), a instituição deflagrou, em conjunto com a Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) e Corregedoria Geral do Sistema de Segurança, em Codajás, a operação “Navalha”, a fim de desarticular um esquema de corrupção e tráfico de drogas naquela localidade. Na ocasião, o narcotraficante Diellisom Weendril Alves Pinheiro, o “Didi”, foi preso com armas e uma quantia de R$ 17 mil, no qual declarou em oitiva que o dinheiro seria utilizado para fins eleitoreiros. Com esse fato novo, todas as provas foram encaminhadas para os órgãos competentes, Polícia Federal e Ministério Público Eleitoral, para que sejam objeto de investigação.
Lamentavelmente, constatou-se ainda que a delegada, Alessandra de Souza Braga, também tinha participação no esquema. Cumprindo nosso papel de polícia judiciária, efetuamos a prisão da servidora.
Consideramos irresponsável e leviana, toda e qualquer declaração que coloque em xeque a credibilidade dos policiais envolvidos na operação, que levou aproximadamente 48 horas para execução e finalização.
Por fim, destacamos que toda a ação foi absolutamente exercida com a confiança e legalidade impostas pelos cargos dos policiais civis que ali cumpriram o honroso papel de polícia judiciária do Estado do Amazonas.
Manaus está totalmente abandonada. Postos de saúde sem medicamentos e atendimento precário. A ruas e avenidas no escuro e cheias de buracos. Tratamento odontológicos nos postos de saúde é quase inexistente. Arrecadação do município de Manaus já acumula na administração do prefeito Arthur Neto uma redução de quase 40% no período de 6 anos. Tudo hoje na prefeitura é terceirizado. Mais o prefeito gasta mais de 90 milhões de reais com publicidade por ano. A população tem memória e hoje tem de tudo na internet. E vejam que ele além de não cumprir os acordos, ainda persegue quem o deixa. Mais o pior é os casos de nepotismo, pois além do Filho o prefeito contratou também a esposa. Agora quer da lição de moral no governador??? A população está acabando com os caciques da política amazonense. Vamos aguardar a lava jato em relação ao Amazonas.