Por Ana Carolina Barbosa, especial para o AMAZONAS ATUAL
MANAUS – Os bancários de todo o Brasil receberam com desânimo, na manhã desta sexta-feira, 25, a contra-proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), de 5% de reajuste salarial, e preparam-se para realizar a primeira manifestação como forma de indicativo de greve, no próximo dia 6. A categoria pede um aumento de 15% nos ganhos, que hoje totalizam R$ 1.694, mas que podem chegar a R$ 1.900 caso as reivindicações sejam atendidas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Amazonas, Nindberg Barbosa dos Santos, além do reajuste, a Fenaban propôs um abono de R$ 2,5 mil aos trabalhadores. Ele explica que a primeira assembleia para tratar do assunto acontecerá dia 1o, mas que é certo que a proposta será rejeitada, já que está bem abaixo do reajuste de 5% mais a reposição de 9.88% da inflação, segundo o INPC (Índice de Preços ao Consumidor), de 12 meses correntes (de setembro de 2014 a outubro deste ano).
A proposta foi apresentada em uma reunião ocorrida hoje, em São Paulo (SP), entre representantes das entidades de classe de todas as unidades da federação e representantes da Fenaban. Se deflagrada, a greve comprometerá os trabalhos prestados pelas agências bancárias em todo o País. No Amazonas, 3,6 mil bancários poderão cruzar os braços, causando prejuízos aos serviços oferecidos em 194 agências.
As negociações iniciaram no início de agosto deste ano, levando em consideração a data-base da categoria, marcada para setembro. Os bancários atuam nos seguintes bancos, conforme o Sindicato Amazonense: Itaú, Bradesco, Santander e HSBC na lista dos privados, e Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, na dos públicos – este último como representante direto do Banco da Amazônia (Basa).
A última greve realizada pela categoria ocorreu em setembro do ano passado, com duração de quase um mês. Na ocasião, o comando nacional de greve decidiu pela suspensão do movimento e retorno das atividades após a Fenaban oferecer um reajuste de 8,5%, com 2,02% de ganho acima da inflação.