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Esporte

Assédio e falta de estrutura afastam mulheres de estádios

7 de fevereiro de 2020 Esporte
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Movimentos de mulheres combinam locais de encontro e se apoiam do caminho para o jogo até o retorno para casa (Foto: Toda Poderosa Corinthiana/Reprodução)
Da Folhapress

SÃO PAULO – “Por que você não ficou em casa?” O questionamento ouvido por diversas mulheres quando vão aos estádios no Brasil explica em parte a razão para elas não estarem mais presentes neles.

Da saída de suas casas até chegarem às arquibancadas, é comum que enfrentem uma série de desafios que fazem com que muitas desistam de acompanhar presencialmente os jogos, conforme relatos ouvidos pela reportagem.

Assédio, falta de segurança e a sensação de não pertencimento completam o cenário.



“Existem diferenças por regiões, mas, no geral, nós temos menos policiais para revista, menos banheiros e, se acontece algo dentro do estádio, não temos muito a quem recorrer”, diz a palmeirense Tainá Shimoda, 28, que faz parte do coletivo de torcedoras VerDonnas. “Seria bom, por exemplo, ter mais PMs mulheres para nos atender.”

A falta de incentivo e o conceito familiar ou social de que o estádio não é um local adequado para mulheres também contribui para o afastamento, segundo uma pesquisa encomendada pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e realizada pelo Ibope/Repucom.

“Há uma cultura equivocada de que mulher não gosta de futebol, de que estádio não seria um lugar para nós”, diz a corintiana Rita de Cássia de Lima Franco, 45.

Em muitos estádios brasileiros, a infraestrutura é precária. Faltam instalações sanitárias adequadas, como banheiros femininos em número suficiente, com iluminação e espaços que possibilitem a presença de bebês e crianças.

Também há carência de acessibilidade, com entradas seguras, que evitem assédio, agilizem a revista e facilitem o ingresso nos locais.

“É importantíssimo que todos percebam que a nossa presença veio para ficar e só tende a crescer. Por isso, enfrentar situações que dificultem a participação do público feminino é fundamental. Por exemplo, dar atenção especial às torcedoras mães. Facilitar o acesso delas e de seus filhos. Mostrar que ir ao estádio também é um programa familiar”, defende Rita.

De acordo com um outro estudo divulgado pela FPF, este feito pelo Datafolha, apenas 14% do público que frequenta os estádios do Campeonato Paulista é feminino. Diante desse número, os 16 clubes participantes da competição e a federação decidiram se unir em um movimento que busca ampliar a presença delas nos jogos. A campanha ganhou o nome de #ElasNoEstádio.

“Segurança e conforto são pré-requisitos para qualquer evento, por que no futebol deve ser diferente?”, diz Aline Pellegrino, diretora de futebol feminino da FPF. “Vamos resolver um atraso de 40 anos em alguns meses? Claro que não. Mas estamos dando o primeiro passo para essa mudança, e ela é responsabilidade da sociedade como um todo.”

No início do século 20, assistir aos jogos de futebol possibilitava às mulheres experimentar o mundo além dos afazeres domésticos. A popularização do esporte, aliada à ideia de que o futebol era pouco adequado aos padrões de feminilidade e à proibição da prática para as mulheres no país em 1941 contribuíram para que, aos poucos, elas passassem a ser figuras raras nos estádios.

Com o fim da proibição, em 1979, e com mais debates sobre igualdade de gênero, aos poucos as mulheres voltaram aos estádios brasileiros.

Na esteira desses debates, nasceram coletivos em que mulheres se reúnem para ir aos jogos. Organizadas em grupos de WhatsApp e redes sociais, elas combinam locais de encontro e se apoiam do caminho para o jogo até o retorno para casa.

“Os coletivos são essenciais. Falo por mim, que sempre fui aos jogos sozinha e me sentia insegura. Depois que comecei a fazer parte, conhecer outras meninas, a minha ida ficou mais leve”, conta Maria Millie, 21, são-paulina e integrante do movimento SãopraElas.

Foi durante um clássico contra o Santos que Maria viu o silêncio das arquibancadas frente ao assédio. A bandeirinha foi alvo durante todo o jogo de comentários desrespeitosos vindos de um torcedor.

“Ele dizia que lugar de mulher não era nem em campo nem na arquibancada, mas sim na pia lavando louça. Claro que respondemos a ele, mas ninguém à nossa volta falou nada. Foi triste”, relembra.

Além das idas aos jogos, o grupo Toda Poderosa Corinthiana promove eventos para discutir machismo e trocar experiências entre torcedoras. “Os clubes devem entender que mulheres compõem seu patrimônio imaterial e valorizá-las com ações práticas, não apenas como marketing”, afirma Rita.

Alguns clubes têm tentado realizar ações de enfrentamento à violência e de incentivo à presença feminina.

É o caso do São Paulo, que disponibiliza o email [email protected] para que as mulheres relatem casos de assédio e ofensas.

O Santos oferece às torcedoras 50% de desconto em qualquer plano de sócio do clube. Na Bahia, a Ronda Maria da Penha tem sido deslocada para os jogos realizados no estado e busca inibir ações intimidadoras e violentas. O site #MeDeixeTorcer, do tricolor baiano, incentiva mulheres a denunciarem abusos.

“É importante tocar na ferida, abordar o tema, propor ideias, mas é ainda mais relevante colocar tudo isso em prática. Vamos arregaçar as mangas e colocar tudo isso de pé”, diz Pellegrino.

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Assuntos assédio contra mulheres, assédio nos estádios
Redação 7 de fevereiro de 2020
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