Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – Um dia após a Seduc (Secretaria de Estado da Educação) anunciar que não negociará o índice de 35% de reajuste salarial reivindicado pelos professores, a Asprom Sindical (Associação dos Professores e Pedagogos de Manaus), uma das entidades representativas da categoria, propôs ao Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas) a união de forças para apresentar contraproposta única. Os professores estão há 18 dias em greve.
A Seduc oferece reajuste de 4,57% a ser pago este mês e mais 10% dividido em dez vezes, até dezembro. Também aceitou manter o plano de saúde, reajustar o vale-alimentação, o auxílio-localidade e não descontar os 6% referentes ao vale-transporte.
O coordenador financeiro da Asprom, Lambert Melo, disse que a união é primordial para apresentar ao governo uma pauta única de reivindicação. “Somente a unidade da categoria poderá trazer benefícios para todos os trabalhadores da educação”, disse Lambert. O governo do Estado não reconhece a Asprom como entidade representativa dos servidores da educação e mantém negociação apenas com o Sinteam.
Lambert Melo disse que o comando-geral de greve vai ser reunir durante todo o dia, nesta quarta-feira, para decidir sobre as novas ações da entidade. “Se o comando do Sinteam não comparecer, nós lamentaremos muito. Mas acredito que eles venham, pois o momento é de unir forças para que possamos sair vitoriosos”, disse Melo.
A coordenadora-geral do Asprom, Helma Sampaio, disse que a unificação com o Sinteam proporcionará força de negociação aos professores. “Vamos continuar com nossas manifestações em busca da vitória da greve”, disse Helma.
O Sinteam informou que o comando de greve avalia o pedido da Asprom. A assessoria do sindicato informou uma proposta de união já havia sido feita a Asprom, mas houve certa resistência.
Um grupo de professores está acampado em frente à sede do Governo do Amazonas no bairro Compensa, zona oeste de Manaus. Os servidores afirmam que só deixarão o local após um desfecho favorável à categoria.
Confira na íntegra a carta da Asprom.
(Colaborou Patrick Motta)