Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, pediu a invasores da ocupação ilegal Monte Horebe, na zona leste de Manaus, para não invadirem a Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de mata nativa que começa na zona urbana e se expande pela zona rural da capital. A invasão avança sobre a Área de Proteção Ambiental. “Pedi que todos olhassem para a Reserva Adolpho Ducke como se fosse a imagem de Cristo. Ninguém toca na imagem de Cristo. E aquela área é intocável!”, disse o prefeito ao visitar a invasão na manhã deste sábado, 28.
“É algo que pode gerar conflitos nacional e internacional. Todos se comprometeram a não tocar, assim como não deixar que ninguém toque. Foi uma conversa bastante sincera com aquelas pessoas que estão cansadas de ouvir mentiras”, completou Arthur.
Virgílio Neto conversou com os invasores sobre meio ambiente, transporte, infraestrutura e ordenamento urbano. Não ficou acertado, porém, se a Prefeitura vai providenciar esses serviços aos ocupantes ilegais do terreno. Os invasores também não se comprometeram em deixar o local espontaneamente.
“É uma área que está muito perto da Reserva Adolpho Ducke e acredito que seja do governo federal, vamos verificar. O que podemos fazer agora é levar atendimento básico de saúde, pois constatamos poucas pessoas vacinadas e elas precisam de vacina urgente, precisam de cuidados básicos”, disse Neto.
“Nós não queremos prejudicar o meio ambiente, queremos viver tranquilos”, disse a moradora Patrícia da Silva. Na ocupação do terreno, os invasores desmataram grande extensão de mata nativa.
Na Bíblia, no livro de Deuteronômio, o Monte Horebe (também conhecido como Monte Sinai) foi o local no qual os Dez Mandamentos foram dados a Moisés por Deus. O nome, portanto, escolhido pelos invasores, é simbólico no sentido de que a terra invadida é abençoada pelo Senhor.
Provérbio 29.4 é a melhor definição para o governo municipal de Manaus.