Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), adotou o estilo linha dura contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na disputa pela indicação do partido para concorrer à Presidência da República. “Quero usar a aparição nas mídias sociais, na imprensa, e, através disso, conquistar posição e pontos acima dele. Para que os convencionais percebam que tem o barco furado e tem um barco que dá esperança. Para mim, Alckmin representa um barco furado”, disse Arthur, em entrevista ao site UOL (Universo Online).
Arthur Neto cobrou definição sobre as prévias tucanas. “A menos de um mês, não sabemos que prévias são, quantos debates haverá entre os postulantes… Isso tudo tinha que ter sido definido antes”, disse.
O prefeito de Manaus reclamou de o partido indicar apenas Alckmin aos institutos de pesquisa. Na avaliação do tucano amazonense, essa exclusão mina sua possibilidade de tentar reverter os ainda baixos índices de votos do PSDB entre o eleitorado pesquisado.
Conforme Arthur, Alckmin só tem apoio da cúpula tucana por ser o presidente do partido. “Se ele não fosse presidente do partido, o que ele faria? Eu já fui presidente do partido, eu sei. O partido teria que ter recomendado meu nomes aos institutos de pesquisas como segundo cenário… Nunca fizeram isso. Quem garante que eu não teria passado ele já? Alckmin está estagnado. Por que todo esse privilégio se ele tem 7% de intenção de voto nas pesquisas? O que é tão imbatível assim a ponto de todo mundo se juntar e considerar pecaminosa a minha pretensão?”, questionou Virgílio.
O prefeito se queixou da falta de apoio no partido. “Entendo que eu merecia um pouco mais de consideração do partido e inclusive de FHC (Fernando Henrique Cardoso). Fui ministro dele, ele sabe com que fidelidade o atendi. Eu pecado eu cometi? Por que não colocar o meu nome para testar?, indagou.
Arthur Neto disse que caso seja descartado pelo PSDB para as prévias, irá cumprir o mandato como prefeito e depois seguirá o exemplo do ex-presidente Lula: irá fazer palestras. “Estou meio farto da política e, caso não seja escolhido, vou participar da política sem ser candidato. Vou fazer palestras, escrever livros, opinar”, disse.