Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), apresentou queixa-crime no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o presidente Jair Bolsonaro. “Não posso deixar que este senhor (Jair Bolsonaro), que não tem a mínima noção de governar um país, me ofenda de forma gratuita e sem motivo, como ele costuma fazer com outras pessoas”, justificou o prefeito.
No documento, Virgílio Neto acusa o presidente de injúria e difamação. Conforme o prefeito, a denúncia ao Supremo foi motivada pelas declarações “ofensivas feitas por Jair Bolsonaro durante a reunião ministerial no Palácio do Planalto, realizada no dia 22 de abril e que teve o vídeo divulgado pelo próprio STF no dia 22 de maio, sendo objeto de várias investigações.
“Assim que tive acesso a essa conversa, que passa longe de ser uma reunião ministerial, decidi denunciar ao Supremo. Espero que o documento seja analisado de maneira séria e que o presidente responda judicialmente pelos seus atos”, disse Arthur, informando que a queixa-crime foi apresentada na segunda-feira, 1°.
O prefeito diz que no vídeo Bolsonaro se dirige a prefeitos e governadores com palavras de baixo calão, dentre eles o próprio Arthur.
Na queixa-crime, Virgílio pede que a ação seja submetida também à Câmara dos Deputados para ser analisada sobre a possibilidade de abertura de processo penal contra o presidente da República. Ressalta, ainda, com provas em anexo, que as ações tomadas pelo prefeito durante a pandemia da Covid-19 foram necessárias para atender o aumento na demanda por serviços públicos e garantir a segurança da população.
“Afirmar que alguém faça uso político da dor alheia e deseje aterrorizar a população é, efetivamente, agir não apenas para lhe expropriar a honra, enquanto uma das várias expressões da dignidade humana, mas a própria humanidade e, com isso, qualquer respeito que lhe seja devido”, afirma.