Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), reagiu à instauração pelo MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) de um procedimento preparatório, que antecede o inquérito, para apurar se ele cometeu improbidade administrativa no “Caso Flávio”, e disse nesta terça-feira, 15, que a medida é uma “brincadeira eleitoreira” da instituição.
“Me causa uma grande decepção. Primeiro, porque eles não têm nenhum procedimento instaurado contra o governador do Estado, que a gente sabe que até respirador para salvar vidas ele comprou errado, superfaturado e em loja de vinho. Nesse aspecto moral, por favor, a turma não tem como me enfrentar. Achei ridícula”, afirmou o prefeito.
Segundo o MPE, há “vínculos oficiais e agentes públicos” em benefício a Alejandro Valeiko, enteado de Arthur, acusado de participação no assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues, com outras quatro pessoas, no ano passado.
“As pessoas, não são o total do MP, porque tem muita gente séria lá, estão fazendo uma brincadeira eleitoreira de tentar manchar uma reputação que nem um deles tem condição de manchar, que é minha postura moral. Fico afim de administrar e não bater boca. Essa atitude denigre o MP”, dispara.
Arthur ainda disse que a Polícia Federal faria uma operação de busca e apreensão na casa do governador do Estado, mas teve “ajuda” do Ministério Público para evitá-la.
“A PF ia fazer uma busca e apreensão na casa do governador do estado. O MP entra, através do Gaeco, que perdeu meu respeito. Entra e entra para ajudar uma operação da PC, comprometida do governador, que recebe ordens do governador, e o objetivo era rasgar, queimar e eliminar provas de corrupção do governo do Estado”, disse.
O prefeito também afirmou que há um grupo no MP que está transformando a instituição em um partido político.
“Que providências são essas? Que diabo de providências são essas? Eu matei uma pessoa? Isso só pode vir de pessoas traiçoeiras. Fazendo de partido político uma instituição que sempre mereceu respeito de todos nós. Chamo o MP ao respeito para serem respeitados. Medo eu não tenho de ninguém. Deus me poupou o sentimento do medo”, concluiu.
A fala do prefeito feito feita durante a entrega de 112 ônibus novos pelas empresas concessionárias do transporte coletivo convencional de Manaus, em evento na zona centro-oeste.
Os veículos integram o primeiro lote de 150 ônibus vindos diretamente da fábrica e que terá a remessa completa até o fim deste mês.
De acordo com a Prefeitura de Manaus, ainda neste ano serão incorporados 300 novos ônibus à frota da capital.
