Da Redação
MANAUS – Pressionada por ameaça de greve, casos confirmados de Covid-19 e cobrança dos professores por exames para diagnosticar a doença, a Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas) anunciou nesta sexta-feira, 14, testes rápidos para detectar o novo coronavírus a partir da próxima terça-feira, 18. A medida foi adotada quatro dias após o reinício das aulas presenciais na rede pública estadual de forma escalonada.
Os sindicatos de professores exigiam os testes como condição para a retomada das atividades presenciais. Segundo a presidente da FVS Fundação de Vigilância em Saúde), Rosemary Pinto, somente há dois dias a homologação da licitação dos testes rápidos foi publicada.
“Quando começamos o planejamento desse retorno às aulas, a testagem dos professores fazia parte dessa programação. A Susam estava em procedimento de licitação desses testes rápidos, porque não é um volume pequeno e os testes têm um alto custo, em função disso a licitação após muita negociação conseguiu estabelecer uma ata de registro de preço com mais de 60% de redução de custos”, disse Rosemary, em anúncio nas redes sociais, na manhã desta sexta.
Professores da capital e do interior estão incluídos no processo.”A homologação foi feita há dois dias e a partir da segunda- feira a FVS vai coordenar a testagem de todos os professores da rede estadual, tanto da capital quanto do interior”, informou Rosemary.
Os testes serão feitos na escola de Enfermagem da UEA e também no sambódromo, por meio do sistema drive thru. Para agendar o teste o professor deve utilizar o aplicativo Sasi. O agendamento começa na segunda-feira, 17.
Balanço semanal
A FVS registrou dez casos confirmados nessa primeira semana do retorno escolar, na rede pública de ensino: são oito professores e dois alunos. Enquanto na rede privada, que retornou há um mês, apenas dois casos foram confirmados. Todos estão em isolamento e sendo acompanhados pelo sistema de saúde.
Segundo Rosemary, as investigações dos casos mostram que nenhum deles foi infectado dentro do ambiente escolar, embora tenham circulado com o vírus dentro das escolas. “Em função do curto período de avaliação esses alunos e profissionais não tiveram a contaminação no ambiente escolar, já chegaram no ambiente escolar contaminados, trazendo o vírus. Estamos processando a investigação de todos esses casos, eles forma isolados e estão sendo feitos os protocolos”, disse.
Cerca de 80 mil alunos compareceram às aulas nessa primeira semana, o número corresponde a 79% dos estudantes matriculados. O secretário de Educação, Luís Fabian, informou que um aplicativo Sasi deve ser usado para notificar casos suspeitos nas escolas.
Os diretores serão responsáveis por fazer a fiscalização e por notificar os casos. O aplicativo também será usado pela rede de ensino privado. “Nesse momento nossos diretores vão receber toda orientação para manuseio do aplicativo Sasi que foi adaptado para notificação de casos em escolas da rede publica e também foi decidido que o aplicativo será para monitoramento dos casos na rede particular”, informou.