Da Redação
MANAUS – A SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas) vai desenvolver um sistema tecnológico para monitorar quem entra armado em casas noturnas e bares de Manaus. A medida foi anunciada pelo vice-governador e secretário de Segurança, Bosco Saraiva, na noite desse sábado, 25, após o assassinato do advogado Wilson de Lima Justo Filho, atingido por quatro tiros disparados pelo delegado Gustavo Sotero dentro do Porão do Alemão, popular casa noturna de Manaus.
Na noite de sábado e na madrugada deste domingo, 26, policiais civis e militares fizeram blitz em bares e boates no Conjunto Morada do Sol, no Vieiralves, no Centro e no bairro São José, na zona leste. A intenção, conforme Saraiva, é controlar sobre os agentes da segurança pública do Estado que andam armados em festas e eventos, estando fora de serviço.
“Estamos preocupados com quem está armado e está bebendo. A lei diz que andar armado é um direito do policial, mas quem está ingerindo bebida alcoólica não pode estar armado. É um sistema para proteger o próprio policial e evitar problemas graves”, disse o delegado-geral Mariolino Brito.
Controle
O porte de arma por policiais civis e militares fora do expediente é permitido pelo Estatuto do Desarmamento, mas a SSP-AM pretende ampliar o controle sobre a situação. “Vamos implementar um sistema de controle de armas, com informações imediatas das portarias de casas noturnas. Na medida em que a arma ou o portador da arma entrar em ambientes de diversão, ele terá seu nome informado online com a corregedoria da polícia”, disse Bosco Saraiva.
“Tivemos uma tragédia lamentável ocasionada, justamente por essa facilidade, isso nós vamos coibir”, disse Saraiva, referindo-se ao caso do delegado Gustavo Sotero, que está preso na sede da Delegacia Geral. O novo sistema será desenvolvido em parceria entre as polícias Civil, Militar e a Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública.
A blitz teve a participação da corregedora-geral do Sistema de Segurança, delegada Íris Trevisan, do delegado-geral da Polícia Civil, Mariolino Brito, do comandante-geral da Polícia Militar, coronel David Brandão, e do secretário executivo adjunto de Inteligência, Herbert Lopes.