MANAUS – É risível a decisão do PSL no Amazonas, o partido de Jair Bolsonaro, sobre apoio aos candidatos que disputam o segundo turno para governador do Estado. O presidente do partido, Ubirajara Rosses, disse nesta sexta-feira, 19, à TV ATUAL, que o PSL vai apoiar os dois candidatos: Amazonino Mendes (PDT) e Wilson Lima (PSC), porque os dois declararam apoio a Jair Bolsonaro.
Tudo bem, dois candidatos que disputam uma vaga de governador de Estado apoiarem o mesmo candidato a um cargo superior, como o de presidente da República, é compreensível. Afinal, no plano nacional há dois candidatos disputando a vaga de presidente.
Somando, dividindo, multiplicando e subtraindo, o que sobre é zero. O PSL, de fato, não apoia nenhum dos candidatos. Se sua militância fosse às ruas pedir voto para os dois candidatos, como reagiriam os eleitores?
Imaginem a cena em um restaurante: “Boa noite! Sou representante do PSL e estou aqui para dizer que o partido apoia a candidatura de Amazonino Mendes…”. Os clientes, que se dividem entre eleitores de Amazonino e Wilson Lima reagem. Os primeiros aplaudem; os segundos vaiam. E o representante do PSL diz: “Calma gente! O partido também apoia a candidatura de Wilson Lima”.
A direção do partido não seria mais habilidosa se decidisse não apoiar nenhum nem outro? E orientar os eleitores simpatizantes do partido que ficassem à vontade para escolher entre um e outro? Mas essa mesma direção imagina que apoiar Wilson Lima e Amazonino vai atrair os eleitores dos dois para já ir votando no 17.
Ubirajara Rosses, inclusive, diz que o partido não fará campanha para nenhum dos candidatos a governador e que a militância do partido vai sozinha ao interior do Estado pedir voto para o candidato a presidente.
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