BRASÍLIA – A determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico que obrigou diversas distribuidoras do País a reduzir a oferta de energia na tarde desta segunda-feira, 19, retirou ao menos 2.770 MW do sistema. O número leva em consideração as cargas comunicadas pelas empresas AES Eletropaulo (700 MW), CPFL Energia (800 MW), Copel (320 MW), Light (500 MW), Elektro (200 MW), CEEE (100 MW) e Celesc (150 MW).
O número, contudo, deve ser mais expressivo, já que várias empresas não divulgaram detalhes sobre o corte. É o caso, por exemplo, das duas empresas da EDP Energias do Brasil, EDP Bandeirante e EDP Escelsa. Os dados de restrição da Cemig, Ampla Celg e CEB também não foram detalhados pelas companhias.
A restrição de fornecimento, segundo apurou a Agência Estado, foi estabelecida conforme previsto no Esquema Regional de Alívio de Carga (Erac). O ONS, contudo, ainda não divulgou uma posição oficial a respeito do problema que originou a determinação enviada às distribuidoras e o acionamento do Erac, passadas mais de duas horas após comunicar as empresas sobre a necessidade de reduzir a oferta de energia.
Onde faltou
Consumidores de energia relataram em redes sociais falta de luz nas regiões Sul, Sudeste e Norte nos seguintes Estados: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Amapá. Até as 18h, não havia posicionamento oficial do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A Eletropaulo, no entanto, informou por meio de nota à imprensa que o ONS orientou o corte de energia de mais de 700 Megawatts. A empresa diz que o Centro de Operações da Distribuidora acompanha a situação e “segue monitorando o sistema integrado por meio do ONS”.
Poucos minutos depois, em novo comunicado, informou que, “seguindo orientação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), restabeleceu a totalidade de sua carga de energia distribuída às 15h50”.
De acordo com assessoria de imprensa da Eletropaulo, em contato telefônico, não há informações oficiais de quais regiões da cidade de São Paulo sofrem ou sofreram com os cortes de energia. A companhia promete comunicado para detalhar melhor quais regiões atendidas por ela serão ou foram afetadas.
A Copel também foi orientada pelo ONS a reduzir oferta em 320 MW de energia distribuída; a Light e a Ampla também receberam ordem semelhante. CPFL Energia, após ser submetida à mesma determinação, recebeu autorização para restabelecer fornecimento a um terço dos clientes.
Em São Paulo, a Linha Amarela do metrô tem problemas de operação devido à falta de energia elétrica. De acordo com a ViaQuatro, que administra o trecho, a operação é parcial. O Twitter oficial da concessionária republica fotos tiradas por usuários. Nas imagens, pessoas descem dos trens e caminham pelos trilhos.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)