Por Rosiene Carvalho, da Redação
MANAUS – O analista político e presidente do Instituto Action Pesquisa de Mercado, Afrânio Soares, afirmou que a definição do próximo governador do Amazonas deve ser feita em dois turnos nas urnas. Em entrevista ao ATUAL, Afrânio afirmou que é quase impossível a disputa pelo Governo do Estado deixar de ter segundo turno em função do contexto da eleição suplementar.
Afrânio afirma que, após as convenções, devem resistir cinco ou seis candidaturas, divididas, segundo sua avaliação, das “para valer”, as “ideológicas” e as que servirão para “marcar posição”. As convenções ocorrem entre os dias 12 e 16 de junho.
“Tenho certeza que haverá segundo turno. Com a configuração atual não tem como não ter. Candidatos, proporção, tempo de campanha. Acho muito difícil, quase impossível não ter segundo turno (…)”, disse.
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Seis candidatos
Para ele, as urnas devem apresentar seis candidatos. “Mesmo com Marcelo Ramos não concorrendo esta eleição deve ter uns seis candidatos”.
De acordo com o Calendário Eleitoral definido pelo TRE-AM para as eleições suplementares marcadas em função da cassação do governador José Melo (Pros) e seu vice Henrique Oliveira (Sdd), o primeiro turno do pleito será dia 6 de agosto e, em caso de segundo turno, a votação será no dia 27 de agosto.
O pesquisador afirma que há candidaturas com densidade de votos e estrutura que vão dar a elas peso para se apresentarem com reais chances na disputa. Há outras candidaturas que são ideológicos e servem para levantar debates e questionamentos da política, como foram as de Hebert Amazonas (PSTU) e Luís Navarro (PCdoB) por vários anos.
Há ainda as candidaturas para marcar posição, como tem se apresentado políticos com menor potencial de votos, que entram na disputa majoritária para conseguir visibilidade para as futuras eleições, como já ocorreu com Hissa Abrahão (PDT) e Marcelo Ramos (PR).
Afrânio Soares afirmou que, nas pesquisas realizadas pela Action, até o momento, os nomes com maior visibilidade entre o eleitorado são os de Amazonino Mendes (PDT), Eduardo Braga (PMDB) e Marcelo Ramos (PR).
Amazonino e Braga
“O nome de Amazonino é forte. Não estou dizendo que ele vai ganhar a eleição. Mas é o único que entra com algo em torno de 20% em todas as situações. Mesmo que ele não ganhe, é peça importante, até mesmo para tirar votos”, avaliou o analista.
Afrânio analisa que Marcelo Ramos, pelas pesquisas atuais, não tem elementos para considerar que está entre os eleitores do interior do Estado no mesmo páreo que Eduardo Braga e Amazonino Mendes.
“Não tem como agora Marcelo Ramos acreditar que está melhor que Amazonino e Eduardo Braga no interior. No interior, na verdade, Amazonino Mendes e Eduardo Braga estão melhores que Marcelo Ramos. Não que ele não possa melhorar tudo isso, mas não sei se vai ter tempo”, afirmou Afrânio considerando o período curto de campanha.
Para o analista, esta campanha exige proximidade da população maior ainda que as campanhas normais. Obras e medidas de ex-governadores servem de referências à memória, o que ajuda na hora da escolha do eleitor. “Não adianta só as propagandas e inserções de TV. É preciso que tenha uma relação de maior proximidade. Neste sentido, os dois que são ex-governadores têm algo de concreto que relembre o desempenho deles, que ative isso na memória do eleitor. Já são mais conhecidos. Tem uma obra na cidade, um evento, algo que lembre o eleitor. Isso não quer dizer que o Marcelo não vá crescer”, avaliou.
Uma candidatura de Amazonino, segundo Afrânio, pode surtir efeito emocional entre o eleitorado. “Pode ter um peso de uma despedida. E uma chance a uma pessoa de experiência”, disse.
Na avaliação do analista, as investigações da Lava Jato não devem ser entraves à candidatura de Eduardo Braga, que pode usar a campanha para se defender politicamente. “Acho que ele vem. Aproveitaria até para se defender sem filtros da imprensa. É a alternativa de usar canais que não tenham filtros”, disse.
Marcelo
O pesquisador avalia que Marcelo teria um bom recall da eleição de 2016, realizada há sete meses, se disputasse novamente com Arthur Virgílio Neto (PSDB). “Se ele (Marcelo) fosse considerar só Manaus, contra Arthur talvez ganhasse, sim. Mas ele não vai contra o Arthur Virgílio”, disse.
Afrânio avalia ainda que, numa eventual entrada do governador interino David Almeida (PSD) como candidato, este disputaria votos com Marcelo Ramos. “O voto no Marcelo Ramos é um voto racional, ideológico de eleitores que querem o novo. Novos nomes. É o mesmo eleitor que votaria em David Almeida”, disse.
Essa eleição quem era pra está no segundo turno com Amazonìno, era Rebeca Garcia, mas infelizmente se uni o esse a esse Braga que foi eleito pelo povo para nos defender no SENADO, nos abandonou! nossos Senadores já não são lá essas coisas, onde estamos mal representados, ele ainda, nos dá uma banana, e a todos aqueles que saíram de suas casas para depositar seu voto, confiando, falta de respeito.
A NÃO SER QUE ESTEJA FUGINDO.