MANAUS – A corrida eleitoral para prefeito de Manaus tem animado líderes de partidos de todos os matizes, principalmente pela indefinição no processo, apontado pelas pesquisas eleitorais. Apesar de Amazonino Mendes (Podemos) liderar as intenções de voto desde o ano passado, aparece com um índice de rejeição que só é melhor do que o de Alfredo Nascimento (PL).
David Almeida (Avante), que aparece em segundo lugar, não tem garantias de que estará no segundo turno. Portanto, todos os partidos apostam que podem chegar a conquistar uma das vagas para a segunda etapa da eleição.
O caso de Amazonino, no entanto, é curioso, porque as pesquisas de intenção de voto mostram números parecidos com o resultado oficial da eleição de 2018, em que ele perdeu no segundo turno para Wilson Lima (PSC).
Um ano antes, em 2017, Amazonino disputou e venceu a eleição suplementar para governador. No primeiro turno, conquistou em Manaus 38,12 % dos votos válidos. Na ocasião, o ex-governador tinha o apoio do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), do senador Omar Aziz (PSD), além do DEM de Pauderney Avelino e do PRB de Silas Câmara.
José Ricardo (PT), com uma candidatura pura, com Sinésio Campos de vice, conseguiu o segundo lugar no primeiro turno em Manaus, com 18,32%, e Eduardo Braga (MDB) ficou em terceiro, com 17,98%. Braga foi para o segundo turno com Amazonino pelo desempenho no interior do Estado.
No segundo turno, em 2017, Amazonino bateu Braga na capital. O primeiro com 60,92% e o segundo com 39,08. No entanto, pesou contra Braga a força de Arthur e o apoio de setores das igrejas evangélicas, liderados por Silas Câmara.
Em 2018, quando Amazonino disputou a reeleição de governador, a história foi bem diferente. No primeiro turno, ficou com 22,45% dos votos válidos em Manaus, contra 49,58% de Wilson Lima.
No comando do governo, Amazonino foi para o segundo turno em segundo lugar e perdeu, na capital, por 66,69% (Wilson Lima) a 33,31%.
Agora, nas pesquisas de intenção de voto, Amazonino aparece com percentuais entre 24% e 30%, e uma rejeição em torno de 20%. Os institutos de pesquisa não têm mostrado simulações de segundo turno. Mas para vencer o segundo turno, Amazonino precisará melhorar e muito o desempenho nas urnas.
Os partidos que têm feito pesquisas para consumo interno veem cenários animadores e avaliam que a eleição está na fase de classificação para a grande corrida. E que, em tese, todos têm chances de conseguir um lugar ao pódio.