Da Redação
MANAUS – O candidato a prefeito de Manaus Amazonino Mendes (Podemos) começou a campanha eleitoral de segundo turno condenando as fake news. Mendes afirmou, em publicação na página dele no Facebook nesta terça-feira, 17, que luta contra as notícias falsas.
“As fake news são uma covardia! Usadas por quem não consegue ser querido pelo povo apenas com ideias. Todo dia é necessário desfazer as mentiras criadas pelos adversários. Nesse segundo turno fica ainda mais evidente de onde saem, não é mesmo?”, disse Mendes.
O candidato do Podemos afirmou que irá “lutar contra esse tipo de ataque com amor e verdade”. No vídeo, ele aparece de máscara e com uma luva de boxe socando o termo “fake news”. Neste segundo turno, Mendes se apresenta como “o verdadeiro candidato do povo”.
O discurso de Amazonino contradiz as atitudes de dirigentes do partido ao qual ele está filiado. Na segunda-feira, 17, um deles compartilhou link com informações de que o palanque do adversário David Almeida (Avante) tem o governador Wilson Lima (PSC) e o senador Omar Aziz (PSD).
A publicação foi baseada em uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo. A matéria, assinada pela repórter Mônica Prestes, diz que Almeida tem no palanque “aliados e membros de partidos que compõem o grupo de apoio do atual governador”, como Omar Aziz e Pauderney Avelino.
Aziz é o presidente do PSD no Amazonas e Avelino comanda o DEM no estado.
O DEM de Pauderney está na coligação de David Almeida, e indicou o candidato a vice-prefeito da chapa, Marcos Rotta.
Em setembro deste ano, Avelino anunciou que o DEM iria apoiar a candidatura de Almeida para prefeito de Manaus. Na ocasião, o ex-deputado federal disse que o partido manteria o compromisso com o Avante até o fim porque ele não dá “pernada” em ninguém.
Aziz não fez declaração pública de apoio a candidatos nesta eleição, apesar do deputado estadual Ricardo Nicolau ser candidato a prefeito. Nicolau buscou se distanciar de Omar, chegando a pedir na Justiça para que concorrentes retirassem publicações que o associavam ao senador.