Do ATUAL
MANAUS – O Amazonas tem 3,1 milhões de pessoas que vivem na pobreza ou extrema pobreza. O número é referente a 2021 e maior em relação a 2020, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta sexta-feira (2).
São considerados pobres pessoas que vivem com R$ 464 por mês. O parâmetro para definir a extrema pobreza é R$ 168 por mês.
Houve crescimento de 1,8 ponto percentual entre os classificados como extremamente pobres, que agora representam 14,3% da população. O Censo de 2021 estimou a população do Amazonas em 4.269.995 habitantes. Aplicada a taxa, existem 610,6 mil pessoas no estado vivendo em extrema pobreza.
Entre os pobres o crescimento foi maior, 6,3 pontos percentuais. A proporção atingiu 58,8% da população no estado, equivalente a 2,5 milhões de pessoas.
A pesquisa do IBGE apresenta dados sobre estrutura econômica e mercado de trabalho; padrão de vida e distribuição de rendimentos; e saúde da população.
O estudo aponta ainda que nos últimos dez anos o rendimento médio do trabalho principal dos empregados no estado foi o que apresentou maior queda no Brasil (-58,3%). Em valores, houve recuo de R$ 9,5 mil (em 2012) para R$ 3,9 mil (em 2021).
Em Manaus, a situação de extrema pobreza voltou a subir em 2021 e passou de 6,5% (em 2020) para 8,7% (2021), em torno de 195 mil pessoas. O aumento de pobres em Manaus cresceu 8,1% e passou de 30,5% para 38,6%.
De acordo com o estudo do IBGE, se não fossem os benefícios de programas sociais governamentais, o quadro da extrema pobreza e da pobreza seria mais grave no Estado.
Os extremamente pobres (US$ 1,90) alcançariam 21,5% da população em 2021. Já os pobres (US$ 5,50), chegariam a 54,5% dos habitantes do estado.