Do ATUAL
MANAUS – O Governo do Amazonas negocia crédito de carbono com países ricos na COP28 (28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes, para implementar o Programa Amazonas 2030 que estabelece zerar o desmatamento no estado até 2030. Os recursos obtidos são para financiar projetos de preservação ambiental e economia sustentável.
A projeção de técnicos do governo, segundo Wilson Lima, é obter R$ 1 bilhão em 2024. O valor foi calculado com base nas reduções de emissões de carbono no estado entre 2006 e 2015.
“A gente está criando o fundo da agenda 2030 para que, efetivamente, a gente comece a receber por esses créditos de carbono já seguindo a linha do que faz o mundo. E a gente tem muita tranquilidade com relação ao arcabouço legal, a todas as leis que a gente está construindo, aprovando, para dar segurança necessária para aqueles que, voluntariamente, apresentarem seus projetos com essa finalidade possam ter essa segurança jurídica no estado do Amazonas”, disse Wilson Lima.
O governador se refere ao REDD+ (sigla em inglês para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), mecanismo jurídico para a celebração dos contratos.
“Nós temos a maior extensão de floresta contínua do planeta e o nosso estado tem 97% dela preservados, isso é um ativo muito importante que nós temos, mas agora a grande pergunta é a seguinte: como é que a gente transforma isso em benefício em prol da nossa população?”, questionou o governador.
Wilson Lima apresentou 22 projetos que integram o programa, entre eles o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, a Escola da Floresta e o Guardiões da Floresta.