
Da Redação
MANAUS – O Amazonas é o Estado com o maior aumento no índice de mortes violentas de mulheres: 171,4%. As mortes de homens atingiram 128,7%, ambos na faixa de 15 a 24 anos, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas). Os dados constam na Pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2015, divulgada nesta quinta-feira, 24. As mortes violentas estão inseridas, segundo o IBGE, em acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios, homicídios e quedas acidentais. No caso dos homens, o aumento dos óbitos foi o sexto maior no país.
Houve crescimento de 1,4% nos registros de nascimentos, que reflete aumentos em todas as regiões, exceto no Norte, onde houve queda de 0,3%. Embora o percentual de registros tardios (feitos até três anos após o nascimento) tenha caído de 9,4% (2003) para 2,6% (2012), o indicador permanece com percentuais de dois dígitos no Amazonas (12,6%), Amapá (12,6%), Pará (11,9%), Acre (11,6%) e Roraima (11,3%). Os dados evidenciam, também, o aumento da representatividade de mães com 30 a 39 anos (de 26,3% em 2010 para 30,8% em 2015).
A sobremortalidade masculina por causas naturais (devido a causas biológicas) no grupo de 20 a 24 anos de idade é de 2,2 vezes, isto é, um indivíduo do sexo masculino de 20 anos tem duas vezes mais chance de não completar os 25 anos do que se fosse do sexo feminino. No entanto, se considerarmos somente os óbitos por causas violentas (devido a causas externas), no grupo de 20 a 24 anos, a chance de um homem não completar os 25 anos cresce para 10,4 vezes em relação a uma mulher.
A pesquisa mostrou que na faixa de 15 a 24 anos, houve redução significativa da quantidade de óbitos por causas violentas em todo o país, tanto para a população masculina como para a feminina, na comparação 2005 a 2015, por exemplo no Rio de Janeiro (-37,5% entre os homens e -40,8%, entre as mulheres), Distrito Federal (-34,9% e -10,3%) e São Paulo (-33,1% e -32,7%).
Entre os homens, o maior aumento ocorreu em Sergipe (179,4%). Em números absolutos, as mortes violentas de homens passaram de 180 para 503 no Sergipe, enquanto as mortes violentas de mulheres no Amazonas cresceram de 21 para 57, entre 2005 e 2015.