
Da Redação
MANAUS – O Amazonas está apto a participar de coalizão para receber apoio financeiro pela redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). A confirmação desta quarta-feira (7) veio da Emergent, entidade americana sem fins lucrativos que coordena administrativamente a Coalizão Reduzindo Emissões pela Aceleração do Financiamento Florestal (LEAF).
O anúncio oficial do aceite da proposta do Amazonas à Coalizão Leaf foi dado, por meio de Carta Oficial, ao gabinete da Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente). Para o governador Wilson Lima, a inclusão do estado representa um avanço na política ambiental. “Demonstra que estamos no caminho certo, porque ao mesmo tempo que implantamos medidas para estimular a redução das emissões, teremos a oportunidade de captar mais recursos para investir em projetos de desenvolvimento sustentável”, disse.
O Amazonas teve sua proposta selecionada com base em sua capacidade para atender aos requisitos do ART-TREES – programa autônomo e independente que desenvolve e administra procedimentos padronizados para creditar reduções e remoções de emissões de grandes programas nacionais ou subnacionais de REDD + (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).
O ART-TREES pode garantir a captação de até 10 dólares por tonelada de carbono que deixa de ser emitida. Na prática, membros individuais da coalizão Leaf poderão fechar acordos de compra e venda de créditos de carbono com o estado.
A expectativa é que os primeiros acordos e negociações possam ser alinhados durante a COP-26, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, marcada para ocorrer em novembro, no Reino Unido.
Leaf
O Leaf é uma coalizão global voluntária que reúne empresas e governos para fornecer financiamento para a conservação de florestas tropicais e subtropicais de acordo com a escala do desafio da mudança climática.
O grupo inicial de participantes inclui os governos da Noruega, Reino Unido e Estados Unidos e um grupo de empresas internacionais líderes, incluindo Amazon, Airbnb, Bayer, BCG, GSK, McKinsey, Nestlé, Salesforce e Unilever.
Os volumes autorrelatados estimados pelas jurisdições totalizam mais de 1 bilhão de toneladas de Reduções de Emissões em um período de cinco anos, indicando o potencial de longo prazo da proteção da floresta tropical em todo o mundo.