Por Ana Carolina Barbosa, especial para o AMAZONAS ATUAL
MANAUS – A Eletrobras Amazonas Energia, empresa responsável pela geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no Estado, investirá, nos próximos nove meses, quase R$ 884 mil na identificação de consumidores clandestinos ou conectados à rede elétrica de forma irregular. Paralelo a isto, serão desenvolvidos projetos executivos para a ampliação e melhoria da rede de distribuição de média e baixa tensão.
Em 2014, a empresa amargou R$ 1,3 bilhão em perdas, o equivalente a 35,4% dos R$ 3,8 bilhões arrecadados. Só de janeiro a maio deste de 2015, foram registradas 600 denúncias de irregularidades relacionadas a furto de energia elétrica pela empresa.
Os contratos para identificar o consumo irregular foram celebrados junto às empresas JM Engenheiros Consultores e Ada Engenharia, Consultoria, Projetos e Certificações Ltda., e publicados nesta sexta-feira, 7. Conforme o extrato de instrumentos contratuais, a contratação foi feita por meio da modalidade de licitação pregão eletrônico.
No primeiro contrato, no valor de R$ 800 mil, a empresa JM terá nove meses para desenvolver as ações. Já no segundo item da publicação, que cita a Ada Engenharia, está previsto um prazo bem menor, de 90 dias, a contar da assinatura, ocorrida em 27 de julho, para que a empresa desenvolva as mesmas ações.
Segundo dados da empresa, que possui, hoje, 886,7 mil clientes cadastrados em seu sistema, entre os anos de 2001 e 2013, R$ 1,5 bilhão foi registrado em perdas, quase que o total de perdas registradas apenas em 2014. Além disso, os furtos vem afetando diretamente a qualidade da energia, contribuindo ainda com o aumento da tarifa e colocando em risco a vida dos consumidores.
A assessoria da empresa informou que a Eletrobras Amazonas Energia combate este tipo de irregularidade a partir de investimentos em novas tecnologias.
Entre elas, está a instalação de novos medidores de energia, sistemas de medição e de monitoramento, além de ações diárias no combate de ligações clandestinas, inspeção técnica em unidades consumidoras irregulares e sem medidores, assim como a implantação de infraestrutura de medição avançada. Os investimentos podem chegar a 210 milhões de reais, até 2016. O recurso é oriundo do Banco Mundial.