Da Redação
MANAUS – o Amazonas, Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo para casos de Covid-19, segundo o novo Boletim InfoGripe Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quinta-feira (28). A avaliação é referente à Semana Epidemiológica 29, período de 17 a 23 de julho.
Os demais estados e o Distrito Federal apresentam estabilidade ou queda na tendência de longo prazo até o mesmo período.
Na região Norte o cenário predominante é de manutenção do sinal de crescimento, enquanto no nordeste já se observa interrupção dessa tendência. Na metade Sul do país, diversas unidades da federação estão em situação de platô desde junho, e a maioria já apresenta indícios de processo de queda, como são os casos de DF, GO, MG, PR, RJ, RS, SC, SP.
No Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o cenário indica manutenção de patamar elevado em crianças, contrastando com o sinal de queda lenta na população adulta – o que mostra que a situação ainda é instável e exige cautela.
Nove das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 29: Aracaju (SE), Belém (PA), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Teresina (PI).
Apesar de algumas capitais das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentarem formação de platô ou já iniciando processo de queda, Curitiba e Florianópolis voltaram a apresentar sinal de crescimento em algumas faixas etárias, especialmente crianças pequenas e idosos.
Vacinas
O boletim destaca o aumento da proteção conferida pelas vacinas de Covid-19 a partir das doses de reforço. O dado adicional dessa edição do estudo visa estimar a incidência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por Covid-19 por grupo etário e situação vacinal dos casos de internações e óbitos.
Referente à Semana Epidemiológica 29, período de 17 a 23 de julho, o boletim tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe até o dia 25 de julho.
“As vacinas ajudaram e continuam ajudando a reduzir significativamente o risco de agravamento da Covid, que pode ser cerca de duas vezes maior a depender da faixa etária e status vacinal. A proteção, inclusive, aumenta ainda mais em quem já está com alguma dose de reforço”, explica o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Casos e óbitos
No ano epidemiológico 2022, já foram notificados 204.465 infecções por SRAG, sendo 101.623 (49,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 78.203 (38,3%) negativos, e ao menos 14.629 (7,2%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 4,5% são influenza A, 0,1% influenza B, 9,0% VSR e 79,5% Sars-CoV-2 (Covid-19).
Referente aos casos de SRAG nesse ano, já foram registrados 33.055 óbitos, sendo 25.001 (75,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 6.449 (19,5%) negativos, e ao menos 675 (2,0%) aguardando resultado laboratorial.
Dentre os positivos do ano corrente, 3,3% são influenza A, 0,1% influenza B, 0,8% VSR, e 94,2% Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,0% influenza A, 0,2% influenza B, 0,3% VSR e 94,9% Sars-CoV-2 (Covid-19).