Do ATUAL
MANAUS – Em 2021, o Amazonas registrou 13.199 casamentos, dos quais 188 envolveram meninas com menos de 17 anos. O estado foi o terceiro com maior incidência de matrimônios precoces na região Norte, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (8). Os 188 matrimônios representam 1,4% do total.
Três desses casamentos foram de meninas com menos de 16 anos. Na região Norte, 76.129 casamentos foram celebrados naquele ano, sendo 2.274 na faixa etária de até 17 anos, incluindo 46 casos com menores de 16 anos.
Rondônia liderou a estatística regional, registrando 12.159 casamentos, dos quais 746 foram considerados precoces, incluindo 14 com meninas menores de 16 anos. Isso representa 6,1% de casamentos precoces.
Em números absolutos, o Pará apresentou 34.703 casamentos em 2012, com 933 de meninas de até 17 anos, sendo 22 envolvendo meninas abaixo de 16 anos, representando uma incidência de 2,8%, a terceira maior proporcionalidade.
Em termos absolutos, o Pará lidera o ranking da região Norte, seguido por Rondônia. E, em último lugar, o Amapá, que registrou 2.834 casamentos, 31 dos quais foram considerados precoces, com uma incidência de 1,1%.
No Brasil
Analisando a situação nacional, observamos que o Sudeste liderou em número absoluto de casamentos juvenis, totalizando 436.202 uniões.
A região Nordeste contabilizou 219.331 casamentos, seguida pela Sul, com 117.874. A região Centro-Oeste registrou 82.966 casamentos juvenis, enquanto a região Norte, incluindo o Amazonas, apresentou 76.129 dessas uniões matrimoniais entre os jovens.
Conforme a legislação brasileira, o casamento civil é permitido apenas para pessoas a partir de 18 anos, sendo excepcionalmente aceitável para indivíduos de 16 e 17 anos, desde que emancipados ou com autorização dos pais, ou representantes legais.
Os dados fornecidos pelo IBGE baseiam-se em registros formais repassados pelos cartórios, excluindo possíveis relações informais envolvendo adolescentes dos cálculos. Essas estatísticas oferecem uma visão abrangente do cenário matrimonial no Brasil, ressaltando as disparidades regionais e a persistente preocupação com o casamento precoce, especialmente entre as jovens.