
Da Redação
MANAUS – Lançado em setembro pelo governo federal, o Programa Norte Conectado é uma iniciativa dos ministérios das Comunicações e o da Ciência e Tecnologia para dotar áreas remotas da região de internet. Consta no projeto a instalação de 10 mil quilômetros de cabos de fibra ótica no leito dos rios Negro, Solimões, Madeira, Purus, Juruá e Rio Branco. A rede deve interligar 59 municípios e atender 9,2 milhões de pessoas.
No Amazonas, 13 municípios estão na lista do programa para receber a fibra ótica. O governo do Estado aposta no projeto federal para implantar o que chama de Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões para desenvolver a produção alto sustentável de biocosméticos e fitoterápicos.
O parque, conforme o projeto, irá funcionar de forma descentralizada na Ufam (Universidade Federal do Amazonas) de Benjamin Constant, na UEA (Universidade do Estado do Amazonas) de Tabatinga, e no Ifam (Instituto Federal do Amazonas) de Tabatinga. O projeto já obteve R$ 7 milhões em recursos federais para implantação.
“Vamos aproveitar os doutores e mestres que temos no estado do Amazonas, em parceria com algumas instituições, para que a gente tenha as condições necessárias de fomentar essas cadeias produtivas, como a do açaí, do pirarucu e do cupuaçu, que são prioridades para o Ministério de Ciência e Tecnologia”, disse o governador Wuilson Lima, que esteve em Brasília negociando a liberação de verbas.
O novo programa federal é paralelo ao Amazônia Conectada, do Ministério da Defesa, lançado em 2015 pelo governo da então presidente Dilma Rousseff, e hoje rebatizado de Programa Amazônia Integrada Sustentável.
No Amazonas, o cabo subaquático chegou apenas a dois municípios: Iranduba e Manacapuru. Também sofreu dois rompimentos entre os municípios de Codajás e Coari em um trecho de 70 quilômetros. Desde então, o Amazônica Conectada não avançou.