Da Redação
MANAUS – O secretário de Fazenda do Amazonas, Alex Del Giglio, afirmou que a arrecadação crescente de impostos não é suficiente para cobrir os custos com a manutenção da máquina pública do Governo do Amazonas como gastos com pessoal e investimentos e que o corte das despesas é inevitável.
A declaração foi feita em seminário promovido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo, na última quarta-feira, 27. Secretários de Fazenda de cinco estados (GO, MG, RS, AL e AM) discutiram as dificuldades para equacionar receitas estagnadas com despesas elevadas. A queixa dos gestores fiscais é em relação à herança deixadas pelos governos anteriores de altas despesas de custeio.
Del Giglio disse que o lançamento parcial das despesas do exercício anterior gerou a falsa sensação de equilíbrio no Estado e que um levantamento revelou gastos não registrados. “Os técnicos identificaram empenhos cancelados, notas fiscais de fornecedores pendentes de regularização e inúmeros processos de pagamentos por indenização. O déficit orçamentário do Amazonas ultrapassou R$ 1,5 bilhão”, disse.
Segundo o secretário, a situação orçamentário-financeira herdada pelo governo atual é gravíssima, pois há um volume enorme de despesas a serem cumpridas frente à projeção de receitas que ingressarão nos cofres públicos estaduais. Até o dia 28 deste mês de março já foram pagos R$ 413,3 milhões em despesas de exercícios anteriores e ainda resta uma dívida de R$ 138,4 milhões.
Reforma da Previdência
A Reforma da Previdência, que divide opiniões no país, também foi debatida pelos secretários de Fazenda. Houve consenso em relação ao tema. A permanência do modelo atual, segundo os secretários, decretará a falência administrativa dos estados em pouco tempo.