Jullie Pereira, da Redação
MANAUS- Duas escolas cívico-militares no Amazonas devem adotar neste ano o Pecim (Programa Nacional das Escolas Cívico- Militares) com um novo plano de ensino, estabelecido pelo governo federal. Entre as normas, os alunos terão suas redes sociais vigiadas e serão monitorados nas instituições.
Segundo a diretriz educacional desses estabelecimentos, será definida como ‘falta comportamental’ o aluno que “publicar ou contribuir para que sejam publicadas mensagens, fotos ou qualquer outro documento na internet, que possam concorrer para denegrir a imagem de integrantes da escola”.
Para a ‘falta’ não há punição prescrita. O aluno ficará à mercê do julgamento dos monitores da instituição. Punições, ou não, esses monitores devem levar em consideração fatores como a pessoa que cometeu a falta, as causas, a natureza dos fatos e informações do responsável pelo aluno.
Nesse ‘julgamento’, a culpa do aluno poderá ser atenuada se, voluntariamente, ele reparar o “dano causado ou adotar as medidas necessárias para minimizá-lo”, e se estiver matriculado há menos de três meses.
Os estudantes também serão avaliados na questão comportamental com classificações que vão de “excepcional” a “mau”. Cada classificação compreende as notas que podem ser retiradas por conta de repreensão, suspensão ou atividade de orientação.
Quando matriculado, o aluno terá a nota 8 e será classificado como ‘bom’, mas dependendo do seu comportamento, ele pode ganhar ou perder notas.
O aluno poderá receber elogios do diretor, dos oficiais, dos coordenadores e professores em pontos que variam de 0,10 a 0,30.
Em caso de repreensão, o estudante deve perder 0,30 décimos dos pontos; se for suspenso, 0,80; e se receber atividade de orientação ele perde 0,50.
Com a aprovação escolar, o aluno recebe 0,50 décimos, mas se passar pela recuperação final, ele deve receber apenas 0,20 décimos.
Também está sujeito à transferência ao entrar na classificação “mau”. A pontuação e classificação será permanente, mesmo em caso de transferência.
Assédio moral
Para a pedagoga Djanise Braga, que trabalha na área educacional de Manaus há 24 anos, o método pedagógico pode incentivar assédios morais dentro das escolas.
“Já vimos vários casos de assédio moral tanto a alunos quanto a pais. A escola militarizada não tem a formação humana, é uma obediência servil, ela não questiona”, disse.
A pedagoga também explica que podem haver danos psicológicos aos alunos que estiverem submetidos ao sistema.
“O adolescente está numa fase de transição e existem casos de dupla personalidade: na frente dos oficiais ele é uma coisa e por trás, outra; e também quadros de depressão e ansiedade. Quando o aluno não consegue atingir a meta das notas comportamentais, ele fica mal visto por seus pares, seus comandantes e família”, afirmou.
Os alunos também terão que cumprir normas de conduta comportamental, como cortes de cabelo “adequado”, fardamento unificado e não uso de “adereços” no corpo.
O manual está sendo distribuído pelo Ministério da Educação e foi obtido pela “Fiquem Sabendo”, agência de dados especializada na Lei de Acesso à Informação.
Confira critérios de avaliação dos alunos.
O objetivo do Ministério da Educação é que até 2023 sejam implantadas 216 escolas cívico-militares em todo país, sendo 54 por ano. Os militares são responsáveis por atuar na gestão escolar e educacional.
Apenas uma colaboração: trata-se de obediência “servil” e não “serviu”, como está no texto.
Eu queria saber o que essa pedagoga e demais críticos fizeram nos últimos anos, enquanto o desgoverrno petista destruía nossa educação. O Brasil está em último lugar no rancking de Pizza!!!!!! Não têm moral nenhuma para questionar ou criticar o sistema de ensino militar, que sempre está nos primeiros lugares nos índices nacionais. Depois das escolas cívico-militares serem implantadas e funcionares por melo menos período igual ao PT, voltem para falar alguma coisa!
Trabalhei anos no colégio militar do rio de janeiro e não via esses tais assédios, muito pelo contrário, muita conversa e orientação. Alunos que são pegos colando que em outras escolas são sumariamente expulso tem o direito a defesa em processo administrativo interno. Muitas pessoas não conhecem o método dos CMs das FFAA e das FFauxiliares e portanto ficam dando pitaco no que não entende. Primeiro vá a um CM e veja o trabalho para depois sim efetuar uma avaliação crítica.