Da Redação
MANAUS – A concessionária Águas de Manaus propôs aumento de 24,52% na tarifa de água e o prefeito Arthur Virgílio Neto negou. A empresa alega que apenas seguiu o contrato e Arthur afirma que não é o momento para reajuste, pois causará um impacto financeiro alto no orçamento familiar e nas demais atividades produtivas e comerciais no município.
Arthur afirma que não vai conceder o reajuste para amenizar os efeitos econômicos negativos da pandemia de Covid-19. “Não seria justo com a população. Estamos vivendo um ano diferente, as pessoas ainda estão impactadas com as consequências do novo coronavírus, principalmente aquelas de menor poder aquisitivo”, justificou o prefeito.
Ao negar o aumento, Arthur lembrou o Decreto nº 4.787, de 23 de março de 2020, que declarou estado de calamidade pública em Manaus. Citou, ainda, o Decreto nº 4.792, de 25 de março deste ano, que suspende a interrupção do fornecimento dos serviços públicos de água e esgotamento sanitário prestados pela Águas de Manaus, em função do não pagamento das faturas pelo consumidor, pelo prazo de 60 dias, que seguem válidos até o próximo dia 31 de dezembro.
Em nota, a Águas de Manaus informa que já foi notificada pela Prefeitura sobre a decisão. A empresa afirma que ao apresentar uma primeira proposta de reajuste apenas cumpriu o estabelecido no contrato de concessão, que prevê uma correção anual nas tarifas, calculada com base no Índice Geral de Preços Mercado, para manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
A Águas de Manaus informa que apresentará manifestação formal e diz que está aberta ao diálogo e à disposição do Município e da Agência Reguladora para discutir soluções sobre o tema.