Do ATUAL
MANAUS – O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou nesta terça-feira (30) a Operação Signare que apura fraudes em procurações e apropriações indébitas de valores decorrentes de alvarás judiciais por advogados em Manaus e em Manacapuru (a 86 quilômetros da capital). Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão.
As vítimas, segundo o Ministério Público do Amazonas, são pessoas em situação de vulnerabilidade como idosos, analfabetos ou de pouca instrução e hipossuficientes.
Também houve o bloqueio e indisponibilidade de bens e valores e comunicado à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para responsabilização disciplinar dos advogados envolvidos.
O promotor de Justiça Igor Starling, coordenador do Caocrimo (Centro de Apoio Operacional de Inteligência, Investigação e de Combate ao Crime Organizado, disse que foram outros advogados que denunciaram o caso.
O promotor de Justiça Daniel Amazonas, designado para atuar em Manacapuru, ressaltou o caráter pedagógico da iniciativa. “Fica o alerta para a sociedade não só de Manacapuru, mas em geral, de contratar profissionais de confiança, não só na área da advocacia, mas em qualquer área. Qualquer pessoa pode pedir o apoio de amigos, familiares ou órgãos de classe na hora de escolher um profissional”, alertou.
A próxima fase da investigação é a análise de documentos apreendidos com a participação da Comissão de Prerrogativas da OAB.
Originária do latim, a expressão “signare” significa “assinar” ou “dar validade”, em referência ao modo de agir do grupo investigado. O MP não informou quantos advogados estão envolvidos nos crimes.