Do ATUAL
MANAUS — O motoboy Francisco Oliveira Galvão Neto, procurado por suspeita de envolvimento no assassinato do motorista Jones Mota Lopes, de 55 anos, na madrugada de quarta-feira (21) em Manaus, se entregou no início da tarde desta sexta-feira (30) na Delegacia de Homicídios e Sequestros acompanhado de três advogados. Ele e mais dois homens tiveram as imagens divulgadas pela Polícia Civil na quinta-feira (29).
Jones Mota foi espancado até a morte por um grupo de motoboys. Francisco Oliveira, segundo a delegada adjunta Deborah Barreiros, foi identificado como sendo um dos agressores.
Ao deixar a delegacia, um dos advogados, Felipe Magalhães, disse em entrevista coletiva que Francisco está arrependido de ter participado das agressões e atribuiu o assassinato à questão de trânsito. Ele afirmou que Francisco foi o motoboy atropelado pelo motorista que gerou o espancamento de Jones.
“Ele é um trabalhador, é um motoboy. Ele estava trabalhando no momento em que ocorreu esse evento, né? Ele foi atropelado. Basicamente, não houve nenhum tipo de perseguição por parte dele, até porque ele ficou impossibilitado”, alegou o advogado.
A polícia investiga a causa do espancamento que resultou na morte de Jones. “Foi uma questão de trânsito”, disse. “Ele se encontra muito arrependido, mas na emoção do momento foi uma questão de trânsito. Todos sabem como se encontra o trânsito de Manaus atualmente […]. Ele estava trabalhando no momento. Ele se arrepende de estar envolvido na situação”, justificou o advogado.
Felipe Magalhães disse que quando Francisco chegou ao local, Jones Mota estava sendo espancado. A delegada Deborah Barreiros rebateu e disse que Francisco participou diretamente das agressões.
Segundo o advogado, Francisco decidiu se entregar por “temer pela própria vida”, pois estaria sendo ameaçado de morte, mas não disse por quem.