Do ATUAL
MANAUS – A Polícia Civil do Amapá identificou um adolescente de 14 anos, que era monitorado inclusive pelos Estados Unidos, por incitar a violência nas escolas pelas redes sociais. A investigação foi em parceria entre o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Ciberlab) e a Embaixada dos EUA.
De acordo com a Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais do Amapá, as postagens do jovem foram monitoradas pelo HSI (Homeland Security Investigations), da embaixada americana no Brasil, que busca identificar indivíduos que usam o Facebook para incitação à violência, publicações de massacres escolares já ocorridos, pesquisas da internet sobre artigos militares e postagens de armas de fogo, que indica o planejamento de possíveis ataques em instituições de ensino.
“Este órgão é um braço investigativo de segurança interna dos Estados Unidos e tem a averiguação de crimes e ameaças transnacionais como principal atribuição. Após um trabalho de inteligência realizado pela equipe da Deiai, este adolescente, residente em Macapá, foi identificado como integrante da referida rede social. Ele confessou ser o autor de diversas postagens inadequadas”, disse a delegada Daniella Graça.
Segundo a delegada, o jovem alegou que fez as postagens por sofrer bullying e racismo na escola, mas quando indagado sobre quem estaria praticando os referidos atos, ele não soube apontar um responsável.
Em abril de 2023, a Polícia Civil identificou dois adolescentes, de 15 e 16 anos de idade, que realizaram transmissão ao vivo pela internet com falsas ameaças a alunos e professores da Escola Estadual Barão do Rio Branco, em Macapá. A investigação encontrou com a dupla máscaras, dois revólveres de brinquedo e os celulares utilizados na live.
Em junho deste ano, um homem de 22 anos também foi identificado por incentivar, usando um aplicativo de mensagens, apologia ao crime, a prática de homicídios, compra de armas e, ainda, massacres e atentados às escolas. Ele foi responsabilizado por ameaça e incitação ao crime.
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