
Da Redação
MANAUS – Com 164 ocorrências de roubo de energia elétrica, água, provedores clandestinos de internet e rádios piratas a DECFS (Delegacia Especializada em Combate ao Furto de Energia, Água, Gás e Serviços de Telecomunicações) evitou um prejuízo de R$ 7 milhões às empresas neste ano, segundo balanço apresentado pelo delegado Felipe Vasconcelos Dias.
As ações de combate às ligações clandestinas ocorreram em parceria com técnicas da Anatel, Eletrobras Amazonas Energia, Manaus Ambiental, Empresa Net e Cigás. Desse total, 80 resultaram em Inquéritos Policiais (IPs).
Felipe Vasconcelos disse que que Manaus detém um dos maiores índices de desvios de água e energia do Brasil. Vasconcelos disse que a DECFS pretende combater os furtos cometidos por grandes consumidores.
A diretora comercial da Eletrobras Amazonas Energia, Andressa Oliveira, disse que os furtos de energia não impactam apenas no lucro da concessionária, influenciam também no bolso dos usuários. “Os furtos prejudicam enormemente as distribuidoras de energia e, principalmente, a população como um todo porque essa conta infelizmente todos nós dividimos. O prejuízo das perdas encarece nossas contas, além do prejuízo em qualidade na prestação do serviço, pois temos queima de transformadores, oscilações nas redes de abastecimento e outras intervenções que essas pessoas quando estão fazendo a fraude acabam o prejudicando todo o fornecimento de energia”, disse.
Oliveira ressaltou que foram identificados pela Eletrobras Amazonas Energia 27 mil usuários com ligação de energia clandestina no Amazonas. “Nós temos estatísticas assombrosas no Amazonas. Aqui temos, infelizmente, os piores indicadores de perda do País. Realizamos por mês 15 mil visitas de inspeção só para cortar clientes clandestinos e desfazer desvios. Até novembro deste ano identificamos 27 mil clientes com ligação clandestina. Temos cerca de R$ 50 milhões faturados em processo de recuperação de energia”, disse.
No ano passado foram 62 operações de combate aos ‘gatos’, 26 casos foram de crimes de desvio de água, 17 de furto de energia, dois de sinais de internet, dois referentes à telefonia e outras ações conjuntas envolvendo fraude de água e luz resultando em 57 indiciamentos criminais. Entre os crimes mais recorrentes estão o furto de energia e água. Neste mesmo período foram identificados, mediante fraude de serviços, prejuízos que ultrapassaram R$ 18 milhões.