O ano de 2022 começa com uma nova onda da Covid-19, com prevalência da variante Ômicron, embora menos letal, devido à vacinação, que continua lenta, mas já lotando os hospitais e demonstrando mais uma vez a inoperância do Governo para enfrentar a crise.
Segundo os dados divulgados diariamente pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/AM), entre os dias 10 e 16 de janeiro deste ano, 14.010 novos casos de Covid foram confirmados no Amazonas. No dia 10, eram 229 casos. No dia seguinte cresceu, a ponto de chegar a 3.079 casos no dia 16 de janeiro. Situação parecida com o que aconteceu há um ano, em janeiro de 2021, quando foram registrados 16.371 casos novos.
A diferença entre 2021 e 2022, neste período de início de ano, foi o número de mortes. Em 2021, ocorreram 454 mortes divulgadas pela FVS/AM e, esta semana que passou, foram 11 mortes confirmadas pela Covid. A principal causa para este número menor de mortes é a vacinação, que reduz sensivelmente os sintomas das pessoas contaminadas pelo novo coronavírus.
A vacinação começou no Amazonas no dia 19 de janeiro de 2021, mas está muito atrasada. Enquanto no Brasil, quase 70% da população já recebeu a 2ª dose e avança bem na 3ª dose, o Amazonas alcançou apenas 53,86% da população na 2ª dose até o dia 16 de janeiro de 2022, conforme divulgado pelo consórcio de meios de comunicação. É o 6º estado mais atrasado no Brasil. Muito incompetência do Governo do Estado.
A vacinação das crianças, bastante dificultada pelo Governo Bolsonaro, finalmente começou no Brasil, no dia 14 deste mês, em São Paulo, e em Manaus neste dia 17 de janeiro. Precisa agilizar. Mas tenho dúvidas. A lentidão da Prefeitura e Governo não vai avançar o suficiente para garantir a volta às aulas seguras, previstas para fevereiro.
Com o aumento de casos de Covid, aumentam as internações e o sistema de saúde mais uma vez ameaça entrar em colapso, com UTIs lotadas e falta de leitos clínicos. No caso da Covid, até dia 16 último, quase 50% dos leitos de UTI estavam ocupados e 85% dos leitos clínicos para esses pacientes.
Mas uma questão é fundamental nesta questão: a vacinação protege mais a população. Segundo a FVS/AM, dos 55 casos de pacientes com Covid internados em UTI, 61% não tinham sido vacinados. E nos leitos clínicos, 73% dos casos são de pacientes também não vacinados.
Não podemos aceitar o negacionismo em relação à vacina. E exigir o passaporte da vacina para entrar em qualquer local. Agora, o prefeito de Manaus diz para o povo que não deve ouvir líder religioso ou político que nega a vacina. Quantas vidas seriam salvas, se há um ano atrás, ele e outros adeptos da cloroquina tivessem lutado para agilizar a vinda da vacina. Quantas vidas seriam salvas.
O quadro alarmante do aumento de casos de Covid também determina a paralisação de atividades presenciais. A UEA já confirmou que não haverá retorno em fevereiro. O mesmo acontecendo com a Ufam. Os eventos de carnaval já foram cancelados. Não há condições de volta às aulas na rede pública e privada, sem a vacinação garantida.
Mas não podemos esquecer o dia 14 de janeiro de 2021, quando o Amazonas colapsou. Com hospitais e cemitérios lotados e falta de oxigênio, amazonenses morreram asfixiados em uma crise sem precedentes. Um dia para nunca esquecermos e cobrar para que a Justiça puna os responsáveis por esta tragédia. Sem leitos em hospitais, muitas famílias buscaram comprar cilindros de oxigênio e não encontravam para tentar salvar seus familiares.
Naquele período apresentei, com apoio de várias entidades da sociedade civil, denúncia no Ministério Público Federal com relatos dos casos de falta de oxigênio e mortes na capital e municípios do interior do Estado, solicitando apurações e responsabilidades do Governo Estadual e Federal. O ministro Pazuello esteve em Manaus dias antes, mas nada resolveu. A demora dos governos para garantir oxigênio causou a morte de dezenas de pessoas. Esta denúncia também apresentamos à CPI da Covid, no Senado. Agradeci publicamente a iniciativa do governo da Venezuela, que fez uma doação humanitária de oxigênio.
Será que mais uma vez o Governo será incompetente para garantir o atendimento da população. Portanto, vamos agilizar vacinação, exigir uso de máscaras, álcool em gel, evitar aglomerações, vai ser difícil. Mas a saúde e a vida precisam estar em primeiro lugar.
O ano de 2022 começa com uma nova onda da Covid-19, com prevalência da variante Ômicron, embora menos letal, devido à vacinação, que continua lenta, mas já lotando os hospitais e demonstrando mais uma vez a inoperância do Governo para enfrentar a crise.
Segundo os dados divulgados diariamente pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/AM), entre os dias 10 e 16 de janeiro deste ano, 14.010 novos casos de Covid foram confirmados no Amazonas. No dia 10, eram 229 casos. No dia seguinte cresceu, a ponto de chegar a 3.079 casos no dia 16 de janeiro. Situação parecida com o que aconteceu há um ano, em janeiro de 2021, quando foram registrados 16.371 casos novos.
A diferença entre 2021 e 2022, neste período de início de ano, foi o número de mortes. Em 2021, ocorreram 454 mortes divulgadas pela FVS/AM e, esta semana que passou, foram 11 mortes confirmadas pela Covid. A principal causa para este número menor de mortes é a vacinação, que reduz sensivelmente os sintomas das pessoas contaminadas pelo novo coronavírus.
A vacinação começou no Amazonas no dia 19 de janeiro de 2021, mas está muito atrasada. Enquanto no Brasil, quase 70% da população já recebeu a 2ª dose e avança bem na 3ª dose, o Amazonas alcançou apenas 53,86% da população na 2ª dose até o dia 16 de janeiro de 2022, conforme divulgado pelo consórcio de meios de comunicação. É o 6º estado mais atrasado no Brasil. Muito incompetência do Governo do Estado.
A vacinação das crianças, bastante dificultada pelo Governo Bolsonaro, finalmente começou no Brasil, no dia 14 deste mês, em São Paulo, e em Manaus neste dia 17 de janeiro. Precisa agilizar. Mas tenho dúvidas. A lentidão da Prefeitura e Governo não vai avançar o suficiente para garantir a volta às aulas seguras, previstas para fevereiro.
Com o aumento de casos de Covid, aumentam as internações e o sistema de saúde mais uma vez ameaça entrar em colapso, com UTIs lotadas e falta de leitos clínicos. No caso da Covid, até dia 16 último, quase 50% dos leitos de UTI estavam ocupados e 85% dos leitos clínicos para esses pacientes.
Mas uma questão é fundamental nesta questão: a vacinação protege mais a população. Segundo a FVS/AM, dos 55 casos de pacientes com Covid internados em UTI, 61% não tinham sido vacinados. E nos leitos clínicos, 73% dos casos são de pacientes também não vacinados.
Não podemos aceitar o negacionismo em relação à vacina. E exigir o passaporte da vacina para entrar em qualquer local. Agora, o prefeito de Manaus diz para o povo que não deve ouvir líder religioso ou político que nega a vacina. Quantas vidas seriam salvas, se há um ano atrás, ele e outros adeptos da cloroquina tivessem lutado para agilizar a vinda da vacina. Quantas vidas seriam salvas.
O quadro alarmante do aumento de casos de Covid também determina a paralisação de atividades presenciais. A UEA já confirmou que não haverá retorno em fevereiro. O mesmo acontecendo com a Ufam. Os eventos de carnaval já foram cancelados. Não há condições de volta às aulas na rede pública e privada, sem a vacinação garantida.
Mas não podemos esquecer o dia 14 de janeiro de 2021, quando o Amazonas colapsou. Com hospitais e cemitérios lotados e falta de oxigênio, amazonenses morreram asfixiados em uma crise sem precedentes. Um dia para nunca esquecermos e cobrar para que a Justiça puna os responsáveis por esta tragédia. Sem leitos em hospitais, muitas famílias buscaram comprar cilindros de oxigênio e não encontravam para tentar salvar seus familiares.
Naquele período apresentei, com apoio de várias entidades da sociedade civil, denúncia no Ministério Público Federal com relatos dos casos de falta de oxigênio e mortes na capital e municípios do interior do Estado, solicitando apurações e responsabilidades do Governo Estadual e Federal. O ministro Pazuello esteve em Manaus dias antes, mas nada resolveu. A demora dos governos para garantir oxigênio causou a morte de dezenas de pessoas. Esta denúncia também apresentamos à CPI da Covid, no Senado. Agradeci publicamente a iniciativa do governo da Venezuela, que fez uma doação humanitária de oxigênio.
Será que mais uma vez o Governo será incompetente para garantir o atendimento da população. Portanto, vamos agilizar vacinação, exigir uso de máscaras, álcool em gel, evitar aglomerações, vai ser difícil. Mas a saúde e a vida precisam estar em primeiro lugar.
José Ricardo Wendling é formado em Economia e em Direito. Pós-graduado em Gerência Financeira Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. Atuou como consultor econômico e professor universitário. Foi vereador de Manaus (2005 a 2010), deputado estadual (2011 a 2018) e deputado federal (2019 a 2022). Atualmente está concluindo mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas, pela escola Latina-Americana de Ciências Sociais.
Os artigos publicados neste espaço são de responsabilidade do autor e nem sempre refletem a linha editorial do AMAZONAS ATUAL.
Falar q é 3° onda de covid é pura insanidade. Desde q Amazonas é Amazonas em épocas de mudanças de Estações do ano acontecem mudanças drástica no clima e as pessoas ficam resfriadas e lotam os hospitais! Essa 3° onda é falsa estão se aproveitando do momento de mudança de clima para aterrorizar o povo, a cidade continua sua rotina normal só políticos criminosos fazem terror com a população…