Da Redação
MANAUS – A Comissão de Sindicância da UEA (Universidade do Estado do Amazonas) iniciou, nesta quinta-feira (24), atividades para apurar a conduta do professor Helder Bindá Pimenta, investigado pela Polícia Federal por suspeita de traficar órgãos humanos para a Indonésia.
O professor foi afastado da instituição no dia 22 de fevereiro por 30 dias, que podem ser prorrogados por mais 30 dias, assim como a proibição de qualquer acesso à universidade.
O reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, afirmou que a sindicância é para obter respostas do ponto de vista institucional. “A Comissão é constituída por dois advogados e dois patologistas. São profissionais qualificados para avaliar o caso”, reiterou.
A presidente da comissão e professora da UEA, Patricia Fortes Attademo Ferreira, informou que todo o processo correrá sob sigilo por parte da instituição. “Hoje vamos disponibilizar a ata de abertura da sindicância com as providências da comissão para iniciar as oitivas e colher os depoimentos”, explicou.
Participaram da reunião da comissão, o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, o procurador jurídico da UEA, David Xavier, os membros da comissão Tiago Novaes Pinheiro e Antonio Eduardo Martinez Palhares (ambos professores vinculados à Escola Superior de Ciências da Saúde), além do secretário da comissão, Wandrey Cristiano de Jesus Vieira.
Relembre o caso
Na última segunda-feira (22), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do professor suspeito de traficar órgãos humanos e no laboratório de anatomia da UEA.
Segundo a PF, o suspeito enviou uma mão e três placentas plastinadas para Singapura, no sudeste da Ásia. Um terceiro mandado foi de afastamento de função pública.
A encomenda, conforme a PF, foi enviada pelo correio para Arnold Putra, designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas utilizando materiais de natureza humana.