Da Redação
MANAUS – Mais de quatro mil crianças nascidas de janeiro a julho deste ano no Amazonas não têm o pai na Certidão de Nascimento. No mesmo período de 2019, foram 2.951 registros sem o nome do pai. Em 2020, foram 3.033 registros.
Agora em 2021, o número é de 4.142, o que significa um crescimento de 36,5% em relação ao primeiro ano da pandemia, sendo o recorde da série histórica, iniciada em 2010. Os dados são da Anoreg (Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas).
O aumento nos números de mães solo no estado é percebido ao mesmo tempo em que os reconhecimentos de paternidade crescem, a passos lentos, registando 13 atos nesses sete meses de 2019, 25 no mesmo período de 2020 e 59, em 2021.
Desde 2012 o procedimento para reconhecimento de paternidade pode ser feito diretamente nos cartórios de registro civil, sem a necessidade de procedimento judicial.
“É mais do que, simplesmente, ter o nome do genitor no documento. É um direito da criança, que garante pensão alimentícia, herança, inclusão em plano de saúde, previdência, entre outros benefícios”, explica o presidente da Anoreg/AM, Marcelo Lima Filho.