Da Redação
MANAUS – A deputada estadual Alessandra Campelo (MDB) descartou, na manhã desta quarta-feira, 29, a possibilidade de anular a atual composição da comissão especial que analisa a admissibilidade das denúncias contra o governador Wilson Lima (PSC) e o vice-governador Carlos Almeida Filho (PTB) por crimes de responsabilidade.
O pedido foi apresentado na terça-feira, 28, pelo Simeam (Sindicado dos Médicos do Amazonas), 20 dias após a homologação dos membros da comissão, realizada em reunião no último dia 9 de julho. O Simeam, no entanto, não é o autor das denúncias que foram recebidas pela ALE. Os pedidos de impeachment foram feitos pelos médicos Mário Vianna e Patrícia Sicchar.
No documento, o Simeam pede questão de ordem para anular a atual comissão e instaurar nova eleição da comissão, com a exclusão de oito deputados que supostamente são citados em lista encontrada pela Polícia Federal, na Operação Sangria, no último dia 30 de junho, no gabinete do governador.
O sindicato afirma que a lista é “comprometedora” e “revela fortíssimos indícios de recebimento de propina envolvendo o gabinete do governo e os deputados estaduais do Amazonas, entre eles: a deputada Mayara Pinheiro; o deputado Saullo Vianna; a deputada Therezinha Ruiz; o deputado Belarmino Lins (vulgo Belão); o deputado Carlinhos Bessa; o deputado Roberto Cidade e o deputado Abdala Fraxe”.
O advogado dos Simeam, Milton Antônio Rivera Reyes, afirma que os oito parlamentares não podem atuar na comissão porque, apesar de o inquérito da ‘Sangria’ tramitar em segredo de Justiça no STJ (Superior Tribunal de Justiça), “não resta a menor sombra de dúvidas de que os deputados estaduais elencados acima, no mínimo, serão ouvidos na condição de testemunhas”.
O sindicato apresentou como segundo pedido, caso o primeiro não seja atendido, que a comissão peça cópia do inquérito que tramita no STJ, para que o ministro Francisco Falcão informe se lista com nomes de deputados já chegou ao conhecimento dele e se há previsão para os parlamentares serem ouvidos; e se serão ouvidos na condição de testemunha ou investigados.