MANAUS – Aprovada no Senado e na Câmara dos Deputados, a MP 660, que envolve a revisão salarial dos servidores da Suframa, depende agora da sanção da presidente Dilma Rousseff. Nesta sexta-feira, Wilson Périco, dirigente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), cobrou celeridade na decisão da presidente e disse que o modelo recolhe aos cofres federais mais de 50% da riqueza produzida na Zona Franca de Manaus, e são os servidores da Suframa quem gerenciam este modelo, transformado pela União em polo exportador de recursos. “A defasagem salarial e a disparidade dos vencimentos destes servidores com relação a outros colaboradores do mesmo ministério do Desenvolvimento são distorções inaceitáveis e a presidente Dilma tem a chance de recompor direitos e reconhecer a dedicação histórica dos funcionários”.
O líder empresarial relembra que há 15 anos, desde que as taxas da Suframa foram alvo de nova regulamentação, esses recursos foram progressivamente confiscados, ora para compor o superávit primário, ou para financiar, através do BNDES, projetos alheios à Zona Franca de Manaus. E nesse meio tempo, os salários dos servidores foram depreciados sem reposição justa. O mesmo confisco tem sido feito com as verbas destinadas à pesquisa e desenvolvimento, recolhidas pelas empresas de informática. São mais de R$ 4 bilhões nos últimos 10 anos. “Ainda hoje, as indústrias se ressentem dos prejuízos decorrentes das paralisações dos movimentos grevistas da Suframa, a homologação da MP660 é um direito inegociável”.