Da Redação, com Agência Câmara
MANAUS – Deputados federais do Amazonas cobraram do governo federal, nessa quinta-feira, 23, a liberação imediata de recursos previstos em emendas individuais e de bancada para a área da saúde do Estado do Amazonas. Os recursos, quando liberados, poderão ser usados para garantir respiradores, tomógrafos, medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs) e profissionais de saúde para enfrentar os efeitos da pandemia de Covid-19 no estado. A taxa de ocupação de leitos está acima de 95%.
A cobrança foi feita pelo coordenador da comissão externa da Câmara dos Deputados que discute ações de combate à pandemia, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), além dos deputados Marcelo ramos (PL-AM), Delegado Pablo (PSL-AM), José icardo (PT-AM), Átila Lins (PP-AM) e Silas Câmara (Podemos-AM)., que foi infectado pelo novo coronavírus (Covid-19) e se recupera da doença.
“Podem me enviar as demandas tanto de recursos quanto de respiradores, incluindo a divisão desses respiradores por cidades, e de EPIs. A gente vai levar ainda hoje ao ministro Nelson Teich e pedir a liberação imediata para socorrer o Amazonas”, disse Teixeira Jr. a secretários de saúde durante a reunião por videoconferência.
Marcelo Ramos destacou que todos os leitos de UTI do Amazonas estão na capital, Manaus, e disse que os cerca de R$ 70 milhões liberados até o momento pelo governo federal são insuficientes para frear o avanço do vírus, sobretudo no interior. “Precisamos ter cuidado com comunidades ribeirinhas e indígenas, que têm na aglomeração parte de sua cultura”, alertou. Segundo Ramos, apenas as emendas individuais destinadas à Saúde somam R$ 216 milhões. “Recurso que o governo já é obrigado a pagar”.
Isolamento social
O governador do Amazonas, Wilson Lima, ressaltou a necessidade de apoio do governo federal para a aquisição de respiradores e de EPIs e para a contratação de recursos humanos, principalmente de médicos de UTI.
Lima, que não proibiu totalmente a atividade econômica no estado, comentou dificuldades para garantir o isolamento social frente ao pico da pandemia, que, segundo ele, é esperado para a primeira quinzena de maio. “Trabalhamos com a polícia para orientar e conscientizar as pessoas a ficarem em casa. Não temos outro caminho ou tratamento comprovado cientificamente para barrar esse vírus”, disse.
Confira vídeo da sessão na Câmara.