Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse que é dever do MP-AM (Ministério Público do Amazonas) investigar o poder público e que a Prefeitura provará que não há irregularidades na construção de parada de ônibus no Complexo Turístico da Ponta Negra, na zona oeste da capital, que custou R$ 207 mil. Arthur diz que é uma estação.
O MP instaurou inquérito para apurar se houve superfaturamento na obra.
“Aquilo lá não é nem parada, é uma estação muito especial. É o dever dele [MP] investigar. A Justiça julga. Já fizeram centenas de questionamentos e a gente tem todas as provas e comprovantes do projeto. É uma estação muito especial que serve para embelezar um dos lugares mais turísticos de Manaus que é a Ponta Negra”, afirmou o prefeito.
A parada gerou polêmica pelo valor e uso de material diferenciado dos demais pontos de ônibus na cidade. O prefeito disse que o valor está de acordo com tabela da Caixa Econômica.
Zona Franca em Marajó
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 6, o prefeito de Manaus criticou a proposta do presidente Jair Bolsonaro de criar uma zona franca na Ilha de Marajó (PA). “O ministro Guedes (Paulo, Economia) declarou em setembro que a Zona Franca de Manaus era e é antieconômica. Se ele considera que a ZFM é antieconômica, como podemos imaginar que vá prosperar uma zona franca em Marajó?, questionou.
Segundo Arthur, a iniciativa da criação de um instrumento desses é privativa do presidente da República. “É muito comum deputado, senador fazerem aquele joguinho para a plateia e apresentarem projeto pedindo a zona franca para o Maranhão, não sei pra onde. Mas eles sabem que é um jogo para a torcida deles”, disse o prefeito.
“Agora, quando o presidente diz que vai criar uma zona franca, aí passa a ser motivo de preocupação. Primeiro, pela proximidade que tem essa região (Marajó) do mar, que é chave para baixar custos, enfrentar a concorrência conosco e levar vantagem. Então, eu sou contrário a instalação de uma zona franca onde quer que seja por várias razões. Primeiro, porque a Zona Franca de Manaus se incorporou ao patrimônio econômico do estado. As zonas francas não devem ser reproduzidas, só cabe uma no Brasil. E por sorte nossa, é a de Manaus”, afirmou.
(Colaborou Aldizangela Brito)
Como que é? O prefeito está tirando com a cara do MP ?