Da Redação
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) informou, na tarde desta quarta-feira, 10, o médico Antônio Cabede Lopes e a mulher dele Maristela Lopes, presos na Operação Nascituro, praticavam aborto em Manaus e no Rio de Janeiro.
A operação foi deflagrada nesta quarta-feira pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) com o apoio da Polícia Civil, com o objetivo de cumprir dois mandados de prisão temporária contra o casal, como adiantou o ATUAL.
Cabede é ex-sócio do também médico Durval Herculano Carriço de Almeida, já falecido, que ficou conhecido por prática de abortos em Manaus. De acordo com as investigações do Gaeco, ele mantinha essa prática em clínicas, de sua propriedade nas duas cidades.
No local onde os atendimentos eram feitos, no conjunto de Beija Flor, bairro de Flores, com estrutura de recepção e atendimento médico, foram encontrados materiais hospitalares, instrumentos cirúrgicos e equipamentos próprios para a execução de abortos.
O Gaeco e a Polícia Civil também encontraram equipamentos para incineração com resíduos de material hospitalar descartado.
O atendimento ilegal era organizado por grupos de aplicativos de mensagens, o que, de acordo com os membros do Gaeco, dificulta o monitoramento das comunicações do grupo. Para ter acesso às mensagens do grupo, o MP-AM requereu à Justiça a apreensão dos celulares dos envolvidos para perícia.
“Essa operação visa garantir o direito à vida, um dos valores principais, defendidos pelo Ministério Público, missão essencial da instituição”, afirma o coordenador do Gaeco, Promotor de Justiça Reinaldo Lima.