Da Redação
MANAUS – Em mais uma etapa da Operação Maus Caminhos, que desarticulou um esquema de fraudes na saúde pública do Amazonas, a Polícia Federal realiza no início da manhã desta quinta-feira, 11, em Manaus, a Operação Cashback de combate a desvio de dinheiro público na saúde. Os valores envolvem R$ 200 milhões, segundo a PF, e envolvem crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Em apenas um dos contratos das empresas envolvidas com o Estado, no valor de R$ 552 milhões, foi identificada fraude de R$ 140 milhões.
Segundo a PF, o modus operandi do esquema consistia na realização de pagamentos superfaturados em preço e/ou quantidade, com a posterior devolução de parte do valor pago. Por essa razão, o nome da operação policial faz alusão ao modelo de compras que devolve parte do dinheiro ao consumidor.
A Receita Federal, que participa da ação, informou que as investigações revelaram, numa análise preliminar, que empresas fornecedoras de mercadorias e serviços para o Estado do Amazonas utilizavam notas fiscais e recibos frios para geração de despesas fictícias, que, além da redução de tributos a pagar, permitia a geração de ‘caixa 2’, o que, em tese, serviria para enriquecimento ilícito, pagamento de propinas e lavagem de dinheiro. Há suspeitas de que esse mecanismo só foi possível por meio do superfaturamento dos serviços e produtos fornecidos.
É a quarta fase da operação. A terceira, batizada de Custo Político, prendeu o ex-governador do Estado José Melo de Oliveira, que teve o mandato cassado em 2017 por compra de votos na eleição de 2014.
Nesta fase, a PF cumpre 16 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão que inclui o condomínio de luxo Ephigenio Salles, na zona centro-sul da capital, além do bloqueio de contas e sequestros de bens móveis e imóveis. Conforme a PF, também nesta nova operação os investigados têm ligação com o médico e empresário Mouhamad Moustafa, principal implicado na Maus Caminhos.
Na mira da PF estão empresários, advogados e políticos e o esquema envolve notas fiscais falsas e empresas de fachada. Um dos envolvidos é o advogado Lino Chíxaro. Outro é Murad Aziz, irmão do senador Omar Aziz, informou a PF.
Confira a nota da PF:
Parabéns para a Polícia Federal tem o meu respeito e admiração. Um dia esses bandidos vam prestar conta com Deus. E um roubo atrás di outro e a saúde precária.
Louvável o trabalho que a policia federal vem fazendo no Brasil. A Operação que foi desencadeada hoje pela PF é de grande valia, visto que atingiram pessoas que achavam serem intocáveis. Não podemos mais aceitar dos membros do poder público,principalmente do poder executivo e legislativo, a pratica de corrupção com o dinheiro do povo, dinheiro esse que deveria ser usado em prol do bem está da população, são desviado em beneficio próprio do agente político.