Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – O MPF (Ministério Público Federal) aposta na aprovação de recurso pela justiça federal para reverter a prisão domiciliar do ex-secretário de Fazenda do Amazonas, Afonso Lobo. No dia 24 deste mês, o juiz federal Leão Aparecido, que substituiu a desembargadora federal Mônica Sifuentes, reformulou a decisão do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília, e anulou a prisão preventiva de lobo.
O MPF já havia ingressado com recurso contra a concessão de prisão domiciliar ao ex-secretário, proferida pelo juiz Ricardo Sales, que foi revogada posteriormente. Com a nova decisão do TRF1, o MPF apenas aguarda a análise do recurso.
A prisão preventiva de Afonso Lobo foi decretado pela juíza federal Ana Paula Serizawa ao anular a decisão do juiz Ricardo Sales, que havia concedido a Lobo e mais três ex-secretários o direito de cumprir a prisão em casa. O ex-secretário foi preso na operação ‘Custo Político’, em dezembro de 2017.
Afonso Lobo é suspeito de receber vantagens indevidas do médico Mouhamad Moustafa, dono das empresas Salvare, Simea, Total Saúde e INC (Instituto Novos Caminhos) e considerado o líder de um esquema de fraudes em contratos de serviços de saúde com o Governo do Amazonas. s desvios chegam a R$ 150 milhões em valores atualizados.
No recurso, a defesa de Afonso Lobo alegou que Ana Paula Serizawa tomou a decisão sem permitir que o cliente apresentasse contrarrazões, prejudicando o direito à ampla defesa.