MANAUS – A exposição “Filhas da Rua”, que está em cartaz no Centro de Artes Visuais Galeria do Largo desde meados de dezembro, além de evidenciar o trabalho das escritoras de grafitti, também possibilitou a monetização da arte, com a criação de produtos relacionados à mostra. No espaço há uma lojinha e o público pode, além de conferir as obras, levar para casa lembranças como pôsteres, adesivos, fanzines, telas e camisetas, todos referentes à exibição. A mostra é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC).
De acordo com Turenko Beça, diretor da Galeria do Largo, a intenção é valorizar e destacar o olhar empreendedor dos artistas. “A ideia beneficia tanto o artista, que passará a ter uma renda a partir da venda do produto, quanto o público, que poderá guardar uma recordação do evento e desses grandes talentos”, afirma. “Esse tipo de parceria é primordial para a valorização do artista enquanto empreendedor, e a ideia é expandir tal parceria para todos os espaços culturais da Secretaria”.
A lojinha é capitaneada por Deborah Erê, uma das artistas de “Filhas da rua”. Nascida em São Paulo (SP), Erê começou a trabalhar com o grafitti em 2012 e, desde então, desenvolve trabalhos artísticos urbanos. Para ela, é muito importante poder expor e colocar à venda produtos de trabalhos por elas realizados em um local público como a Galeria do Largo.
“Nós, artistas urbanos, na grande maioria das vezes, realizamos nossos trabalhos pela cidade sem ter nenhum tipo de retorno financeiro. Por isso, para a gente é fundamental esse tipo de método para que possamos conseguir nossa renda e, ao mesmo tempo, colaborar com a arte urbana”, comenta.
Arte urbana e feminina
A exposição “Filhas da rua” estreou em 16 de dezembro de 2017 e segue em cartaz até 31 de janeiro de 2018. É composta por criações das artistas Erê, Isy, Kina, Lori, Mia, Liz, Hadna Abreu e Nádja Kristhina, que destacam a figura feminina em grafitti, letras, bombs (desenhos rápidos) e lambe-lambes (colagem de imagens impressas).